Olá, pessoal do Ligado na Notícia! Você sabe o que é golpe do PIX? Desde a criação dessa nova forma de transferir dinheiro pelo Banco Central em 2020, beneficiando cerca de 105 milhões de usuários também vieram as novas tentativas de fraudes e golpes.
Isso acontece porque, muitas vezes, os criminosos se aproveitam da agilidade da transferência para receber e sacar o dinheiro imediatamente, sem que haja tempo suficiente para a vítima perceber que caiu num golpe ou relatar o acontecido às autoridades competentes.
Para se proteger de armadilhas, conheça alguns cuidados e saiba o que fazer caso tenha sido vítima do golpe do PIX.
Caí em um golpe. E agora?
Se você já sabe que foi vítima de um golpe do PIX, a primeira atitude a ser adotada é contatar imediatamente o banco ou instituição financeira utilizada para tentar bloquear a transação, ou reaver o valor transferido.
Para realizar uma solicitação bem-sucedida de bloqueio preventivo, é necessário entrar em contato com o banco em até trinta minutos (durante ou dia) ou uma hora (durante a noite) após a realização do PIX. Assim, as duas partes são notificadas sobre um possível golpe, e o dinheiro permanecerá retido por até 72 horas. Enquanto isso, o próprio time de especialistas do banco procura avaliar e manter a retenção do dinheiro em casos de suspeita de fraude.
De acordo com informações prestadas pelo Banco Central, as próprias instituições que ofertam o serviço de PIX aos seus clientes se responsabilizam por fraudes ocorridas em caso de falhas de seu sistema de gerenciamento de riscos.
Ainda assim, nem sempre todas as vítimas conseguem o ressarcimento do dinheiro em casos de golpe. Neste caso, o recomendado é recorrer ao Poder Judiciário ou o Procon.
Por fim, notifique a instituição financeira da qual o golpista é cliente (para evitar que novos golpes aconteçam) e faça um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pelo site da polícia civil de Mato Grosso do Sul. (http://devir.pc.ms.gov.br/#/)
Como me proteger?
Tenha em mente que dados confidenciais de clientes raramente são solicitados à distância por instituições financeiras ou empresas. Além disso, essas organizações não fazem testes com o PIX.
Sempre busque informações sobre a loja ou instituição para qual você pretende fazer a transferência. O site Reclame Aqui pode ser um bom lugar para descobrir um pouco sobre a reputação da marca.
Ao fazer um PIX, cadastre a conta recebedora no aplicativo do seu banco. Evite clicar em links para fazer a transferência.
Caso precise receber o PIX de uma pessoa desconhecida, envie uma chave aleatória. Use seu CPF ou dados pessoais apenas para pessoas que você conhece.
Nunca faça uma transferência nem realize pagamentos de emergência sem ligar para a pessoa que vai receber o dinheiro (sem usar a ligação do WhatsApp), e confirmar a sua real identidade.
Procure duvidar mais das informações compartilhadas na internet, principalmente quando se tratar de supostas promoções, brindes, descontos ou propostas boas demais para serem verdade.
Restrinja a visualização do seu perfil nas redes sociais apenas para pessoas conhecidas e oculte sua foto do WhatsApp (há uma opção para que apenas seus contatos vejam a foto). Para isso, vá nas configurações do aplicativo, selecione “conta” e depois “privacidade”. Em “foto do perfil”, selecione a opção “meus contatos”.
Desconfie de todos os links compartilhados via troca de mensagens e redes sociais. Na dúvida, há uma ferramenta (https://www.psafe.com/dfndr-lab/pt-br/) para verificar se aquela URL é realmente segura.
Por fim, conte com uma solução de segurança capaz de identificar links maliciosos em tempo real no WhatsApp, Facebook Messenger, SMS e navegador, como o dfndr security. Essa solução também é eficaz contra o golpe do PIX e consegue detectar tentativas de clonagem no WhatsApp, emitindo um alerta sempre que alguém tenta acessar sua conta.
Uma ótima semana a todos.
Áquis Soares – Advogado.