A Granja Rio Verde, unidade multiplicadora de matrizes suínas da Cooasgo (Cooperativa Agropecuária de São Gabriel do Oeste), recebeu os caminhões com as primeiras 600 leitoas para serem alojadas no local, no município de Rio Verde. Com mais essa etapa cumprida e com o início da produção de matrizes nas próximas semanas, o empreendimento consolida o projeto de expansão da suinocultura em Mato Grosso do Sul, implantado pelo Governo do Estado por meio da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
“Nós visitamos o complexo no mês de dezembro passado, juntamente com o governador Reinaldo Azambuja e desde então foram cumpridas todas as etapas burocráticas para o início das operações: foi liberada a licença de operação, realizada a conexão com rede de energia elétrica e emitida a liberação por parte do Ministério da Agricultura. Nesta fase da unidade, 25 empregos já foram gerados. O alojamento dessas 600 matrizes é um marco para a suinocultura sul-mato-grossense, dando início à produção do primeiro empreendimento da suinocultura para produção de matrizes no Estado”, comentou o secretário Jaime Verruck.
O empreendimento da Cooasgo foi projetado em parceria com a Agroceres, conta com uma área construída de 40,5 mil m² e terá produção anual de mais de 40 mil matrizes por ano. A previsão é de ter 1,5 mil fêmeas por semana para reprodução, somando 78 mil por ano. Em funcionamento pleno, o complexo vai produzir 90 mil machos por ano para abate e gerar 42 empregos diretos e 210 indiretos. A projeção é de que a economia local tenha um incremento mensal de R$ 145 mil, além da movimentação de outros setores.
De acordo com o titular da Semagro, a política estadual de incentivo à suinocultura, aliada ao projeto da Cooasgo, focado em genética, eleva o Estado a um novo patamar dentro da cadeia produtiva do setor, que passa a ter o ciclo completo, desde a produção de matrizes até o produto final da indústria para o consumidor.
“Estamos consolidando o projeto de expansão da suinocultura em nosso Estado. Uma boa parte das matrizes produzidas será vendida para produtores de leitão em Mato Grosso do Sul, a fim de atender a crescente demanda das indústrias do setor. Cerca de 60% será comercializado para outros Estados. Seremos exportadores de genética suína, atendendo também o mercado brasileiro”, acrescentou Jaime Verruck.
Exportações do setor cresceram 395,82% em 2020
O volume das exportações da carne suína produzida em Mato Grosso do Sul cresceu 395,82% em 2020, de acordo com levantamento realizado pela Semagro. Foram exportadas 2.897 toneladas em 2019, com faturamento de US$ 3,7 milhões. Em 2020, o volume comercializado com o exterior saltou para 14.364 toneladas, totalizando US$ 24,5 milhões.
Com esse desempenho, Mato Grosso do Sul foi o 6º maior exportador de carnes de suínos em 2020, atrás de SC, RS, PR, MT e MG. Já os principais destinos dessas exportações foram Hong Kong, Cingapura, Angola, Haiti e Emirados Árabes. Em termos de volume de produção de carne de suínos, Mato Grosso do Sul teve um crescimento de 54,3% na produção de 2014 a 2019, enquanto que a média brasileira foi de 29,2% no período.
“Importante frisar que esse crescimento expressivo no volume de produção e nas exportações de carnes de suínos aconteceu em meio à pandemia do novo coronavírus. É também um resultado decorrente da política estratégica de desenvolvimento sustentável implantada pelo Governo do Estado”, lembra o secretário.
Desde 2015, o Governo do Estado tem avançado com uma série de ações de fomento à suinocultura. “Modernizamos o licenciamento ambiental do setor; ampliamos o acesso ao crédito por meio do FCO; buscamos novos investimentos por meio da participação no SIAVS e, por fim, em conjunto com os produtores, fizemos os ajustes na política de incentivos fiscais, lançando o Leitão Vida. Os resultados estamos vendo agora, com o desempenho recorde nas exportações e a efetivação dessa primeira unidade produtora de matrizes do Estado”, finalizou Jaime Verruck.