A suposta ‘Mãe de Santo’ envolvida no desvio de R$ 50 milhões de uma empresa de agronegócio, em Dourados, foi identificada como Juliana Sambugaro. Ela é paulista e se diz ‘especialista’ em amarração amorosa, limpeza espiritual, afastamento de rivais e união de casais.
Segundo reportagem do Campo Grande News, para desviar o montante citado acima, Juliana teve uma cúmplice identificada como ‘Mãe Jade’.
A coordenadora financeira da empresa, supostamente temendo sofrer represálias de ‘espíritos malignos’, desviou o dinheiro equivalente a um prêmio acumulado da Mega-Sena. Como ‘penitência espiritual’, as transferências milionárias foram feitas exatamente durante um mês, de 28 de agosto a 28 de setembro.
Conforme noticiado ontem (5), o caso vem sendo investigado desde a semana passada após a própria funcionária denunciar a suposta extorsão à polícia.
A Polícia Civil já pediu à Justiça o bloqueio das contas bancárias para as quais o dinheiro foi transferido. A planilha com as contas foi entregue pela funcionária da empresa.
Ainda segundo o site, a maior parte está em nome de pessoas jurídicas. Ainda não se sabe o valor já recuperado, uma vez que o balanço do bloqueio depende de relatórios a serem enviados pelos bancos.
Juliana Sambugaro, a ‘Mãe de Santo’, atua na Grande São Paulo, e na internet é possível encontrar fatos ligados a ela na capital paulista, em Diadema e Itaim Bibi.
A coordenadora financeira da empresa também está sendo investigada. A Polícia Civil apreendeu o celular dela para ser periciado. O objetivo é descobrir se de fato ela foi vítima de extorsão ou se ajudou a furtar o dinheiro da empresa.
A funcionária tem 34 anos e desde 2018 fazia “consulta espiritual” com Juliana. O motivo que a fez procurar a mulher ainda não foi revelado. Identificada em rede social como teóloga espiritual, Juliana é presidente da “Casa Luz Amor”.
A polícia já sabe que a segunda suposta ‘Mãe de Santo’, identificada como ‘Mãe Jade’, atuou a mando de Juliana Sambugaro, a mentora do rombo milionário.
Na versão da funcionária à polícia, a mãe de santo que a atendia desde 2018 passou a exigir transferências de valores da empresa, caso contrário lançaria uma maldição que ao final culminaria com o suicídio da douradense.
Com medo de punição espiritual, a funcionária passou a fazer transferências para as 11 contas bancárias apontadas pelas duas mulheres.
Marlene Mesquita da Silva
Inacreditável que ainda tem pessoas que caem num golpe conhecido desses.