O homem apontado como chefe de facção criminosa recém instalada na fronteira foi expulso formalmente da Bolívia ontem (30), e entregue à policia brasileira em Corumbá. Sob forte esquema de segurança, Leandro Matos Ferreira chegou a Mato Grosso do Sul durante à tarde e deve seguir nesta segunda (31), para Brasília.
Conhecido também como “Baianinho” e “Cicatriz”, segundo o Campo Grande News, ele foi capturado na última sexta-feira em Puerto Quijarro. Leandro integra o "Comboio do Cão", que atua no Distrito Federal e, segundo investigações, tentava dominar a fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia, com braços em Puerto Quijarro e Puerto Suárez, para facilitar a entrada de armas e drogas.
Equipe do Diário Corumbaense acompanhou a operação nesta tarde, na Linha Internacional que divide os dois países. A polícia acredita que Leandro estava na região de fronteira há uma semana, com identidade falsa. No momento da prisão, ele estava em uma casa com outros 3 brasileiros e portava 2 pistolas 9 mm, além de munições.
A prisão de Leandro foi resultado de ação conjunta entre policiais bolivianos, de Corumbá e do Distrito Federal. “Esse trabalho integrado entre as polícias dos dois países resultou na prisão do líder dessa facção, um agente muito perigoso em nossa região, que estava começando a se instalar. Ele estava até montando casa”, explicou o delegado regional da Polícia Civil em Corumbá, Alex Sandro Antônio Peixoto.
Segundo ele, as investidas contra o "Comboio do Cão" tem sido bem sucedidas. Outro a participar do plano seria Camilo de Jesus Moura, de 22 anos, o 'Carneiro', morto após troca de tiros com a Polícia Militar, no dia 24 de maio.
Também suspeito de chefiar o bando, Wilian Peres Rodrigues, conhecido como Wilinha foi preso em Paranhos no mês passado, após 4 anos foragido
Na Justiça brasileira, Leandro responde por roubo, receptação e tráfico de drogas. Ele chegou a começar a cumprir pena, mas fugiu do Centro de Detenção Provisória do complexo da Papuda.
Assim como PCC e Comando Vermelho, o Comboio do Cão ordena crimes de dentro de unidades penais, mata rivais e movimenta grande volume de drogas no Distrito Federal.