O advogado Júlio Cezar Marques, advogado de defesa do presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, de 78 anos, preso novamente na última quarta-feira (28/8), disse para reportagem nesta segunda (2/9), que seu cliente não esteve na CBF (Confederação Brasileira) e vai provar sua inocência por meio de provas.
Segundo a equipe jurídica, hoje foi protocolado um pedido de revogação de sua prisão, alegando que os dirigentes de clubes que o visitaram em sua residência já haviam sido arrolados como testemunhas de defesa, e não pertenciam à lista de pessoas com as quais ele estava proibido de ter contato.
Cezário foi preso inicialmente em maio, no âmbito da operação Cartão Vermelho, que investiga um desvio milionário na Federação de Futebol em sua gestão. Porém, passou mal e conseguiu o benefício da prisão domiciliar.
A defesa reforça que não há qualquer evidência de que Cezário tenha interferido nas atividades da Federação, nem documentos ou depoimentos que comprovem tais acusações.
“O monitoramento eletrônico de Cezário, desde que foi implementado, demonstra que ele nunca deixou a cidade de Campo Grande, o que contradiz as suspeitas levantadas. O dinheiro encontrado em sua casa também foi justificado como sendo lícito, declarado em seu imposto de renda, fruto de seu salário pela CBF e aposentadoria, e guardado por uma questão de preferência pessoal, já que ele não confia em instituições bancárias”, disse o advogado Júlio Cezar em nota enviada à reportagem.
Além disso, o profissional enfatiza que os recursos da Fundesporte foram auditados e que não houve desvio de verbas. “Eventuais irregularidades seriam fruto da burocracia e das necessidades de reembolso para cobrir despesas antecipadas pelos acusados. O caso de Valdir Alves Pereira também foi abordado, com a defesa explicando que ele atuava como cuidador de Cezário e auxiliava nas atividades da federação, justificando as transferências recebidas”, afirmou ainda em outro trecho da nota.
Por fim, a defesa conclui dizendo que “confia que a apresentação dessas provas será suficiente para provar a inocência de Cezário e dos demais envolvidos”.