O ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Azambuja, alvo da operação ‘Dark Money’ deflagrada esta semana pela Polícia Civil, acusado de desviar R$ 23 milhões dos cofres públicos do município entre 2019 e 2020, e que estava foragido, se apresentou na sexta-feira (24), e já está preso em Campo Grande.
Ele se apresentou após a defesa, sem sucesso, tentar habeas corpus à Justiça.
O ex-prefeito passou por exame de corpo de delito e segundo o Campo Grande News, transferido para a carceragem da 3ª Delegacia de Polícia Civil, e na segunda-feira (27), deverá prestar depoimento.
No dia da operação foram expedidos sete mandos de prisão, e apenas o de Maurílio não havia sido cumprido, visto que ele não foi encontrado em casa, nem na fazenda.
Como noticiado pelo Ligado Na Notícia, foram alvo da ação, o ex-secretário de Finanças de Maracaju, Lenilson Carvalho – preso em Umuarama (PR), Daiana Cristina Kuhn, que também atuou na Secretaria de Finanças, Iasmim Cristaldo Cardoso, Pedro Everson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Sartori e Moisés Freitas Victor.
O esquema
De acordo com as investigações, foi constatado a existência de uma conta bancária usada de fechada onde houve a movimentação de mais de 150 repasses de recursos financeiros em menos de um ano.
Outro detalhe apontado pelas investigações é que os envolvidos integram o alto escalão da prefeitura durante a gestão do ex-prefeito, sendo que estes emitiram mais de 600 lâminas de cheques, totalizando a quantia estipulada pelos investigadores, “sem qualquer lastro jurídico para amparar os pagamentos”.
Ainda de acordo com o Dracco, muitas empresas beneficiadas com o dinheiro não mantinham relação jurídica com a prefeitura (licitação, contrato ou meio legal que amparasse a transação financeira).
Também não foram encontradas notas fiscais relacionadas aos serviços prestados e os valores não eram submetidos a empenho de despesas.