Mais de 4 mil pessoas participaram das sete audiências públicas para apresentar e discutir o Estudo de Impacto Ambiental da Nova Ferroeste. Entre os dias 16 e 27 de junho representantes do Estado do Paraná, de Mato Grosso do Sul, da Fipe e do Ibama passaram por Dourados (MS), Guaíra, Cascavel, Paranaguá, São José dos Pinhais, Guarapuava e Irati. No centro das discussões estavam os impactos socioambientais do empreendimento.
A primeira audiência pública foi realizada em 16 de maio em Dourados, contou com a presença do secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e teve a participação de 194 presenciais e 174 pessoas online. “A Nova Ferroeste se insere na proposta de desenvolvimento da logística em Mato Grosso do Sul e a questão ferroviária é prioridade dentro do Governo", afirmou Jaime Verruck.
Guaíra, na divisa do Paraná com o Mato Grosso do Sul, recebeu o maior público presencial: 610 pessoas lotaram o auditório localizado no centro da cidade. Já o encontro em Cascavel, com abrangência de 17 municípios, teve a maior plateia virtual, com 301 acessos. Outras mil pessoas estiveram na sala virtual durante as sete audiências, mas não realizaram cadastro e por isso não foram contabilizadas no levantamento oficial de cada reunião.
A Nova Ferroeste prevê a ligação por trilhos entre o município de Maracaju (MS) e o Porto de Paranaguá, no Litoral do Paraná, além de um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu que vai permitir captar carga do Paraguai e da Argentina. A nova estrada de ferro terá cerca de 1300 quilômetros de extensão. O traçado vai percorrer 49 municípios, 41 no Paraná e oito no Mato Grosso do Sul. A intenção é diversificar o modal logístico, tornando mais ágil e barato o transporte de produtos como grãos (soja e milho) e proteína animal.