Com hospitais superlotados e à beira do colapso, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), decretou toque de recolher a partir das 22h para todos os 79 municípios do Estado, a partir da próxima segunda-feira (14).
A medida será imposta por 15 dias como tentativa para conter o avanço da Covid-19.
Até às 5h, não será permitida sair de casa, com exceções em caso de trabalho e emergência médica. Serviços não essenciais como bares e restaurantes devem permanecer fechados durante o horário de restrição.
Ao anunciar o decreto, Reinaldo disse que MS está no limite de ocupação dos leitos e se a medida não for adotada, o SUS (Sistema Único de Saúde) pode ‘explodir’.
“Como a cada dia que passa mais pessoas estão sendo contaminadas, tivemos que pisar no freio para não faltar leitos. Tivemos que tomar essa atitude para evitar mais mortes”, afirmou Azambuja.
A fiscalização do toque de recolher será feita pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária Estadual. Guardas municipais e vigilâncias sanitárias municipais vão reforçar a inspeção.
O decreto também determina que as cidades adotem as recomendações sanitárias do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia). Em caso de descumprimento, os municípios serão encaminhados ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
Segundo o último boletim epidemiológico, o Estado registrou 1.236 casos de Covid-19 e 18 óbitos, totalizando 109.785 infectados e 1.888 mortes.
A taxa de ocupação de leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) aumentou drasticamente e já há falta de vagas nas regiões de Campo Grande e Corumbá.
Em Dourados e Três Lagoas, o índice de ocupação é de 78% e 64%, respectivamente.