Técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúnem nesta terça-feira (21), com representantes de sociedades médicas do país para discutir a possível aplicação da CoronaVac em crianças.
A CoronaVac é a vacina contra a Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan, ligado ao governo do Estado de São Paulo, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
O imunizante foi, junto com o desenvolvido pela Universidade de Oxford, o primeiro a ter o uso autorizado pela Anvisa no Brasil, em janeiro.
O Instituto Butantan ainda não conseguiu o registro definitivo da CoronaVac no Brasil. Além disso, já teve negado pela Anvisa, em agosto, pedido para uso da vacina em crianças de 3 a 17 anos.
Na China, a vacina já é aplicada em crianças acima de 3 anos.
Na semana passada, a Anvisa autorizou a aplicação da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Ainda não há previsão de quando a imunização vai começar porque a vacina para este público tem diferenças em relação a que foi aplicada nos adultos.
De acordo com a agência, na reunião desta terça, para discutir a CoronaVac, participam representantes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
A discussão com sociedades médicas, de acordo com a Anvisa, faz parte do processo de análise do uso da vacina em crianças. Entretanto não haverá, nesta quarta, tomada decisão. A liberação do uso só pode ser feita pelos diretores da agência.
A CoronaVac é produzida a partir do vírus inativado, ou seja, pelo vírus morto ou por partes dele. Esses vírus não conseguem provocar a doença, mas são suficientes para gerar uma resposta imune e criar no organismo uma memória de como nos defender contra uma ameaça.