Sendo o único médico a ocupar uma das 19 cadeiras na Câmara Municipal de Vereadores na legislatura 2021/2024, Diogo Castilho (DEM) defende revisão de todos os contratos da Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (Funsaud) e a construção de uma nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para Dourados.
“Como médico, minha prioridade é a saúde douradense, tendo como focos principais os postos de saúde e os atendimentos emergenciais que atualmente acontecem na Upa e também no Hospital da Vida. Sabemos da crise econômica muito grande que enfrentamos, e isso afeta os cidadãos que dependem do Sistema Único de Saúde. A prefeitura está sem condições financeiras de custear de forma adequada as instituições, há pagamentos defasados e isso gera prejuízo nos atendimentos aos pacientes”, pontua o parlamentar.
O compromisso do parlamentar aumenta ainda mais, visto que Diogo é presidente da Comissão de Saúde e Higiene, além de integrar a equipe de crise da Covid-19.
Em entrevista ao Ligado Na Notícia, o vereador defendeu que os contratos da Funsaud precisam ser revisados, identificar o custo efetivo do hospital. “É preciso revisar as contas da Funsaud, os servidores, o custo efetivo do hospital”, afirmou.
“A Funsaud tem uma dívida de mais de R$ 70 milhões. Gera prejuízos quanto aos fornecedores e atendimentos. Os custos são maiores que a receita. O valor que a Fundação recebe hoje é inviável se comparado a quantidade de pacientes que são atendidos. Por exemplo, se vem um repasse de R$ 20, 30 mil por mês, pode acontecer de chegar um paciente, cujo o custo cobre esse valor. E os demais? Como ficam? Os pacientes de outras cidades que são atendidos em Dourados, devem continuar recebendo atendimento médico, mas a conta não pode ficar para o nosso município, e sim para o município de origem. Esses e outros pontos precisam de atenção, ser revisados”, destacou.
Além do Hospital da Vida, a UPA também recebe não apenas os douradenses, como também 33 municípios que compõem a ‘Grande Dourados’. Em alguns casos, a saúde local atende pacientes de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com o Brasil por meio de Ponta Porã.
“A cidade precisa de mais uma UPA, a cidade comporta mais uma unidade. Penso que esta deve ser construída na região do Seleta, para atender os moradores daquela região. A UPA onde está localizada hoje, próxima à prefeitura de Dourados, atende parte da população, mas para outra parte, muitas vezes, fica praticamente inviável”, destacou Diogo.
Os postos de saúde atualmente se apresentam de forma restrita e passam por dificuldades. Às vezes, o paciente poderia ser atendido no local, mas por falta de equipe, de materiais, acaba sendo mandado para a UPA. Isso precisa resolver. Uma solução é o chamado ‘Plano de Medicina Continuada’, que segundo o vereador, será voltado para a atualização das equipes de saúde.
“Os postos precisam ser dinamizados. Muitas vezes, o paciente que precisa de exames, faz um, dois, e depois não consegue dar continuidade. Ou seja, esses postos precisam ter os atendimentos à população ampliados, a exemplo da unidade de Vila Vargas, por exemplo”, finalizou.