Os suplentes dos vereadores de Maracaju afastados na semana passada, durante a operação Dark Money que investiga suposto esquema de corrução entre a Câmara Municipal e a prefeitura, tomaram posse na manhã desta terça-feira (13), e já participaram da votação da LOA (Lei Orçamentária Anual) que prevê R$ 404 milhões para o exercício 2023.
O vereador Rudimar Lautert (MDB), antes suplente, assumiu como presidente da Comissão de Orçamento e Finanças. O relatório foi lido e, em seguida, colocado em votação.
Ao todo, foram 12 vereadores favoráveis e um contrário, Luciano França (PSDB).
Operação Dark Money
A 3ª fase da operação foi deflagrada na semana passada, por meio do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), sendo identificado pagamento de propina a vereadores durante os meses de dezembro de 2019 e novembro de 2020, quando o município tinha como prefeito, o médico Maurílio Azambuja (MDB).
As propinas eram pagas por ordem do então chefe do Executivo, que, com o aval de outros servidores, tinha como objetivo afrouxar a fiscalização das contas da prefeitura pela Câmara, além de aprovar projetos e leis de seu interesse.
O pagamento de propina tinha como objetivo impedir o funcionamento adequado do Legislativo, já que é de responsabilidade deles a fiscalização. A 3ª fase foi nomeada como ‘Mensalinho’ em referência ao esquema do mensalão, que era operado em nível federal na época dos governos do ex-presidiário e presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).