O caixa da prefeitura de Dourados está no vermelho e, na manhã desta quinta-feira (7), o prefeito Alan Guedes (PP), anunciou que não há dinheiro para quitar a folha de pagamento dos servidores municipais que vence amanhã (8).
Durante a coletiva de imprensa, o chefe do Executivo anunciou que está disponível nas contas do município, cerca de R$ 10 milhões, o que não suficiente para sanar a dívida. Como medidas apresentadas de contenção de despesas está o corte de comissionados, e suspensão do pagamento de contratos dos prestadores de serviços e fornecedores por 90 dias.
Ainda hoje, um decreto deverá ser publicado oficializando as medidas.
Alan ressaltou, no entanto, que apesar do não repasse aos prestadores, os serviços não deixarão de ser realizados.
“Haverá redução de 30% nos cargos comissionados do município, atingindo aproximadamente 200 servidores, além do corte de 25% em despesas da prefeitura. A folha salarial gira em torno de R$ 31 milhões e a administração possuía nos cofres, no dia 4 de janeiro, R$ 8 milhões”, disse o prefeito.
Os valores são referentes a R$ 7 milhões do duodécimo da Câmara repassado ao Executivo, e R$ 1 milhão da Lei Kandir.
A administração não descarta o parcelamento dos salários até a resolução da situação.
Polêmica
Nas redes sociais, o ex-secretário de Fazenda, Carlos Augusto Pimentel contestou a fala de Alan Guedes sobre o ‘caixa’ estar vazio, e disse ainda que, “quer justificar os cortes que vai fazer em cima da administração passada por não conseguir fazer o pagamento”.
No final da coletiva, o chefe do Executivo respondeu afirmando que “não entrará em jogos de disse ou não disse. A fala do dia 31 de dezembro de que havia dinheiro em caixa foi uma irresponsabilidade, mas não vou entrar em polêmicas. Objetivo da nossa administração é buscar alternativas, soluções para os problemas. Essa é nossa responsabilidade”, finalizou Alan.