O vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin (PSB), não será nomeado como ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A afirmação foi feita pelo petista, na quinta-feira (10), durante discurso no auditório do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Setor de Clubes Esportivos Sul, em Brasília.
“Fiz questão de colocar Alckmin como coordenador (do governo de transição) para que ninguém pensasse que o coordenador seria ministro. Ele (Alckmin) não disputa vaga de ministro porque é vice-presidente da República”, garantiu Lula.
Embora o futuro chefe do Executivo tenha estabelecido uma relação de antagonismo entre os cargos de vice-presidente e ministro, a Constituição não impossibilita que o presidente nomeie o vice para liderar um ministério. Lula, por exemplo, escolheu o então vice-presidente, José Alencar, para chefiar a pasta da Defesa, entre os anos de 2004 e 2006.
Sem promessas
Além de esclarecer que Alckmin não será ministro, Lula alertou que o convite feito a políticos e intelectuais para compor a equipe de transição não significa um recrutamento para compor pastas.
“Quando convidamos alguém para compor a transição não significa que as pessoas vão assumir um ministério. Pode ser que sim ou pode ser que não assuma. A transição não decide nada. A comissão existe para levantarmos a situação do país e, a partir da situação, discutirmos as melhores decisões para tomar”, explicou.
Conversas e metas
Lula esteve no CCBB, hoje, pela primeria vez, para discutir metas do novo governo com parlamentares aliados. O local vem sendo utilizado pela equipe do governo de transição.
Durante o discurso em que negou a possibilidade de Alckmin virar ministro, o petista também estabeleceu o combate à fome como principal missão de seu governo.