O projeto de lei aprovado esta semana na Câmara Municipal de Dourados que restringe a contratação de agressores no serviço público pode impactar diretamente na decisão do médico e vereador, Diogo Castilho (DEM), afastado pelo Legislativo após ter sido preso por agredir a então noiva, de 27 anos.
O caso ocorreu no dia 4 de setembro e Diogo chegou a passar uma semana na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). No dia 14 ele participou da sessão ordinária, porém de forma remota, e foi afastado por 90 dias.
Ao Ligado Na Notícia, o autor do projeto de lei, vereador Juscelino Cabral (DEM) e colega de partido de Castilho, disse que a nova regra vai garantir que a questão seja analisada de forma mais técnica.
“Após o projeto a análise pode ser mais técnica, espero que realmente todos reflitam sobre o teor do projeto em toda sua essência”, afirmou Juscelino.
No entanto, o democrata pontuou o que o julgamento é pessoal que cada vereador analisará o contexto da situação.
“Acredito que o julgamento é muito pessoal, cada vereador irá analisar todo o contexto, espero que este projeto ajude para que tenhamos uma sociedade mais justa e tolerante, onde cada uma veja no outro a imagem e semelhança de Deus”, concluiu.
Quanto ao projeto, o mesmo segue para sanção do prefeito de Dourados, Alan Guedes (PP).
Por via de regra, a lei só é considerada válida depois da aprovação e publicação no Diário Oficial do Município, neste caso, o Diogo Castilho pode não ser enquadrado.
Em contato com o presidente da Câmara, Laudir Munaretto (MDB), ele disse ao Ligado Na Notícia que o Legislativo decidirá com isenção, uma vez que é a ‘casa do povo’.
“Acredito que o legislativo venha se portar com isenção, ali é a casa do povo, esse projeto, se observar na íntegra, vêm trazer luz para a ação de cada parlamentar e também da população. Precisamos ter zelo nas nossas ações, precisamos saber quando a razão precisa vir antes da emoção”, finalizou.