Mais do que uma continuidade dos oito anos da gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja, o mandato do governador Eduardo Riedel completa os primeiros 100 dias mostrando que veio disposto a assumir novos desafios para que possa, ao final de 4 anos, traduzir a comunicação levada para o eleitor sul-mato-grossense, durante a campanha, de promover um Governo técnico, de desenvolvimento, focado na gestão, mas com olhar social intenso, inclusivo, verde, digital e para todos. A avaliação foi feita pelo vice-governador Barbosinha, entrevistado esta semana pelo canal oficial da TV Educativa, ao qualificar o governador: “Antenado com o Mato Grosso do Sul, com a questão nacional, mas, sobretudo, com uma visão muito avançada no aspecto social”.
Barbosinha definiu, por exemplo, o enfrentamento que se faz agora em relação à questão da segurança nas escolas como resultado de uma ação planejada. “Em 2017, eu secretário de Justiça e Segurança Pública, Eduardo Riedel de Governo, foi lançado o programa ‘Escola Segura, Família Forte’, um conjunto de medidas que já preconizava a segurança no ambiente escolar como fator de harmonização na família”. O programa conquistou prêmio internacional pela metodologia de trabalho, selecionado entre os nove vitoriosos dentre mais de 90 projetos de toda a América Latina, pela I Convocatória Internacional de Avaliação de Impacto, no processo de seleção da CAF (a Corporação Andina de Fomento) do BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento.
“Nas escolas onde foi realizado [o programa], as ações produziram índices significativos de melhora, nas disciplinas de Português e Matemática, por exemplo, demonstrando que a escola segura melhora o nível do aprendizado. Então, o que o governador Eduardo Riedel apresenta agora, com o reforço do sistema de videomonitoramento, que leva a segurança a praticamente todas as escolas do Estado, não é uma simples proposta, é resultado de um planejamento existente para atender toda a comunidade escolar, como complemento das ações que a família desenvolve pelo bem maior que possuem em casa, que são as nossas crianças”, defendeu o vice-governador.
100 dias, para o Governo, se traduzem em um tempo de “muito trabalho já feito”, porém, como definiu o vice na entrevista da TV, “sem a neura de querer apresentar o que se fará em 4 anos”. As ações até aqui são importantes pela continuidade das obras, de realizações, do asfalto, da educação, na saúde, “mas o ponto relevante é o planejamento, a estruturação do que vem pela frente, incluindo, nesse conjunto, os contratos de gestão com as Secretarias, e a preparação desses contratos com os municípios, o Estado vai ajudar em todas as áreas, mas quer contratualizar tarefas, missões e metas a serem alcançadas, dentro de um patamar de desenvolvimento sustentável”, afirma.
Projetos estruturantes
Outro indicativo que caracteriza a continuidade planejada, de acordo com o vice-governador, ficou demonstrado agora quando o Governo Federal assinou os novos decretos regulatórios do marco de saneamento. “O novo marco, que objetivou flexibilizar para as companhias que não conseguiriam atingir as metas preconizadas de demonstração da capacidade financeira de investimentos, com a quebra do marco de 25% para as PPPs [as Parcerias Público Privadas] não nos atingiu, porque a Sanesul já havia se antecipado, quando realizou a PPP que prevê universalizar, até 2030, os serviços de tratamento de esgoto. A Sanesul também foi a primeira companhia do pais a demonstrar para a ANA [a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico] que preenchia os requisitos para cumprir os planos de investimentos firmados com os municípios”, destacou.
Mato Grosso do Sul também se antecipa quando encaminha como demandas prioritárias ao aporte de recursos do Governo Federal a conclusão de obras como a UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) em Três Lagoas, a ponte da Rota Bioceânica, ferrovias e rodovias de ligação, como a construção de uma alça de acesso da BR-267 até a ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta (no Paraguai), a integração da BR-163 com o Sul e o Norte do Estado. “São projetos estruturantes que levam o pensamento do que é prioritário para o desenvolvimento do Estado, obras caras, mas extremamente importantes, focadas, também, na atração de mais de R$ 10 bilhões em investimentos para a geração de emprego e renda”.