Estudo visa apurar quanto Dourados gastaria, caso o piso salarial fosse aplicado; Foto: Valdenir Rodigues/CMD
Buscando por melhores condições de trabalho aos profissionais da enfermagem em Dourados, o vereador e médico Dr. Diogo Castilho (DEM) solicitou ao município a realização de estudo técnico para a implantação do piso salarial de R$ 7.315,00, com base na jornada de trabalho de 30 horas semanais aos enfermeiros.
A solicitação abrange também o valor de 70% aos técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares de enfermagem e parteiras tanto do setor público, quanto do privado.
No documento protocolado na Câmara Municipal, o democrata solicita que o estudo faça levantamentos dos custos gerados para o município, caso a proposta passa a ser aplicada a partir de janeiro de 2022 aos profissionais do SUS (Sistema Único de Saúde) da região, incluindo os distritos.
Ao usar a tribuna da Casa de Leis, o vereador relembrou a audiência pública realizada no dia 12 de maio, que tratou justamente sobre o piso salarial para a categoria e destacou a luta ‘histórica’ por melhores condições de trabalho.
“O piso salarial e a regulamentação da jornada de 30 horas são reivindicações já históricas. Esta frase citada na audiência reforça esse movimento de luta por condições mais dignas de trabalho e remuneração adequada que perduram há décadas”, enfatizou.
Desde a posse como vereador, Dr. Diogo tem levantado várias bandeiras e denunciado falhas na saúde pública, como falta de médicos, medicamentos e prédios danificados. Segundo ele, a pandemia da Covid-19 aumentou a ‘pressão psicológica’ em cima desses profissionais que lidam diariamente com vidas. “Um erro nosso custa a vida de um ser humano. Se esta responsabilidade é imputada à enfermagem e ao médico, deve ser imputada também a valorização financeira, bem como a não sobrecarga de horas trabalhadas, já que isso gera estresse físico e emocional”, pontuou o vereador.
O democrata, que também é membro da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a aplicação das verbas enviadas ao município para o combate à Covid-19 ainda na gestão de Délia Razuk (sem partido), reforçou em sua fala na tribuna a necessidade da transparência com o dinheiro público.
“Sobre a verba do município, destinado à saúde pública, é levantada a questão da possibilidade de estar havendo um problema de gestão com tais recursos. Os estudos aqui solicitados visam apreciar também se a não possibilidade da implementação do piso nacional da enfermagem em Dourados, se relaciona com um possível problema de má gestão destes recursos”, finalizou Dr. Diogo.