A “Comissão Parlamentar de Assuntos Indígenas e Afrodescendentes”, formadas pelos vereadores Olavo Sul (MDB), Lia Nogueira(PP) e Jânio Miguel (PTB), se reuniram recentemente no plenarinho da Câmara Municipal de Dourados, com representantes do Comafro (Conselho Municipal de Defesa e Desenvolvimento dos direitos dos Afro-brasileiros), onde foi debatido a criação da coordenadoria de assuntos afro-brasileiros do município.
A presidente do Comafro, Luhhara Arguelho, destacou a importância da coordenadoria. “Dourados é a segunda maior cidade do estado, formada na maior parte da população por negros, porém, infelizmente muitas vezes não podemos ter participações efetivas em programas do Governo Federal por falta da coordenadoria”, considera.
Luhhara afirmou que com a implantação da coordenadoria diversos projetos poderão ser desenvolvidos no município, como programas educacionais, institucionais e de auxílio a população afro e quilombolas.
Ela ressaltou que o estado do Mato Grosso do Sul recebeu o empenho de 8 milhões em 2020, porém, segundo a presidente, resultou na devolução de R$ 4 milhões que seriam destinados para as coordenadorias municipais. “Nossa cidade precisa deste avanço para que possamos auxiliar nossa população, então estamos aqui solicitando apoio dos vereadores para que solicite ao prefeito a criação desta coordenadoria para que possamos contribuir”, disse.
“Temos elaborado projetos para coordenadoria de outros municípios, mas como a população destas localidades geralmente são menores, acabam sobrando recursos que vem para o estado”, completou a presidente do Comafro.
Os vereadores se comprometeram em encaminhar ofício ao Executivo, solicitando reunião com o prefeito Alan Guedes (PP), para que seja debatido o assunto na próxima semana.
Estiveram presentes na reunião além dos vereadores que compõe a Comissão Parlamentar de Assuntos Indígenas e Afrodescendentes, o representante da CUFA (Central Única das Favelas), Jeferson Ferreira, a vice - presidente do Comafro e representante das religiões afro, Naiara Fonteli e a representante da comunidade Quilombola, Bia Braga.