O crime aconteceu em fevereiro de 2017, numa das celas da PED (Penitenciária Estadual de Dourados)
Após 14 horas de julgamento, seis dos nove presidiários apontados por envolvimento no assassinato de José Alécio dos Santos, na época com 35 anos, foram condenados nesta quinta-feira (21). O crime aconteceu em fevereiro de 2017, numa das celas da PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Na ocasião, a vítima acabou morta por estrangulamento.
De acordo com a decisão anexada ao processo, Rogério Lourenço dos Santos, Claudinei Oliveira da Silva, Romildo Oliveira Lopes, Davidson Almiro Santos Oliveira, James Willian Rodrigues da Rocha e Gerson Nascimento de Andrade, foram condenados por “homicídio qualificado pela promessa de recompensa, pelo emprego de asfixia e pelo recurso que dificultou a defesa”.
Outros três internos apontados pelo envolvimento no crime, Danilo Maurício Souza Ferreira, Maycon Braga Prado e Everton Calixto Flores, foram absolvidos. Considerado um dos maiores julgamentos em número de réus já ocorrido em Dourados, a sessão teve início por volta das 8h de quarta-feira e durou aproximadamente 14h. Não foi divulgada a condenação de cada interno. Todos estão presos respondendo por algum tipo de crime em presídios do Estado.
Crime - Conforme denunciado pelo MPE (Ministério Público Estadual), no dia 24 de fevereiro de 2017, entre 1h30 e 3h40, parte do grupo cometeu o assassinato do detento por estrangulamento. A investigação descobriu que Claudinei encomendou a morte do desafeto oferecendo dinheiro a outros presos. A negociação foi realizada diretamente com Rogério Lourenço que contratou os internos do mesmo bloco para a execução do plano. Já Romildo Oliveira se responsabilizou em fornecer armas artesanais para cometer o assassinato.
Na data do crime, Romildo e outros internos que estavam na cela disciplinar 10, se encontraram na cela 13, a mesma onde José Alécio permanecia preso. Lá, ainda conforme a denúncia, Rogério entrou e usou uma corda artesanal para estrangular o rapaz. No mesmo dia, com exceção de Claudinei e Romildo, os outros sete internos suspeitos de envolvimento no caso foram levados para o 2º Distrito Policial de Dourados. Horas antes do crime, o grupo chegou a fazer motim na galeria. (Com informações do site Dourados News)
Fonte: campograndenews