O roteiro da Operação Caixa Forte, em que a PF (Polícia Federal) se espalhou por 19 Estados para combater a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), passa por 11 cidades e tem ordens de prisão para 85 pessoas em Mato Grosso do Sul. Nesta segunda-feira, dia 31, o PCC completa 27 anos de criação.
No ranking da operação, MS ficou atrás apenas do Paraná, onde são 101 mandados de prisão. Das 85 ordens de prisão no Estado, 74 são em Campo Grande e três em Dourados.
Prisões também acontecem em Água Clara, Aquidauana, Bandeirantes, Bataguassu, Bonito, Corumbá, Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo. Dos alvos no Estado, 51 já cumprem pena em cinco unidades prisionais.
São 37 mandados de busca e apreensão no Estado: Água Clara (1), Aquidauana (1), Bandeirantes (1), Bataguassu (1), Campo Grande (28), Corumbá (1), Dourados (1), Paranaíba (1) e Ribas do Rio Pardo.
A segunda fase da Caixa Forte investiga tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Na fase 1, a operação identificou os responsáveis pelo chamado “Setor do Progresso” da facção, que se dedica à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico.
Foi descoberto que parte dos valores obtidos com a venda de droga era canalizado para inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive para o “Setor da Ajuda”, responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios.
Foram identificados 210 integrantes do alto escalão da facção, recolhidos em presídios federais (Campo Grande tem uma unidade), que recebiam valores mensais por terem ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos.
Para garantir o recebimento do “auxílio”, os integrantes do grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal.
No Brasil, a ação evolve 1.100 policiais federais, que cumprem 623 ordens judiciais, sendo 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão, em 19 Estados e no Distrito Federal.
Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte (Minas Gerais). A Justiça ordenou bloqueio de R$ 252 milhões. Em Santos (litoral de São Paulo), foram apreendidos R$ 2 milhões e 730 mil dólares.
Aline dos Santos - CAMPO GRANDE NEWS