A Polícia Civil já tem um suspeito de participação na execução do adolescente João Paulo, em Ponta Porã. O homem foi apontado por testemunha e está sendo procurado na fronteira.
Morador de rua, o garoto era dependente de drogas e para sustentar o vício praticava pequenos furtos em veículos e no comércio do centro de Ponta Porã e de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada apenas por uma rua.
O corpo foi jogado no rodoanel da cidade, trecho de terra no prolongamento da Rua Guia Lopes, entre os bairros Estoril e São João. Pessoas que o conheciam afirmam que João Paulo não tinha família.
Nem mesmo a idade exata da vítima é conhecida. Policiais que investigam o caso afirmam que ele tinha entre 11 e 14 anos. João Paulo foi morto a tiros de pistola calibre 380.
O rodoanel de Ponta Porã virou ponto de desova de cadáveres. É o quarto corpo encontrado na rua de terra em dois meses. Os outros foram localizados nos dias 19 de junho, 10 de julho e no dia 15 deste mês.
A polícia ainda não informou se os assassinos do garoto fazem parte de algum grupo de extermínio que atuam na Linha Internacional.
Recentemente, pelo menos cinco pessoas foram executadas na região e as mortes foram assumidas pelo grupo “Justiceiros da Fronteira”. Cartazes com mensagens e a assinatura do grupo escritas com sangue foram deixados aos lados dos corpos. No caso do adolescente não havia nenhuma mensagem no local, segundo a polícia.
( Helio de Freitas)