Policiais Civis por meio do SIG (Setor de Investigações Gerais), Defron (Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira), policias do 1º e 2º Departamento de Polícia deflagram a operação Coruja de Minerva II, visando obter provas contra dois homicídios ocorridos em Dourados.
Um deles, aconteceu há exatamente um mês. Jeferson Pereira da Rosa foi assassinado na frente de sua casa, com vários disparos de arma calibre 40, quando foi atender uma pessoa que o chamou. As investigações apontaram que o homem foi morto por causa de dívida de drogas.
Já na madrugada do dia 1º de janeiro deste ano, Jailton Duarte do Nascimento, foi executado com mais de sete tiros de arma calibre nove milímetros. No momento, ele estava na sala da residência onde morava, assistindo televisão.
O autor, aproveitando-se que a janela da sala estava aberta, apontou a arma em direção da vítima e efetuou os disparos. Segundo a polícia, o motivo também seria dívidas por drogas.
Jailton, dias antes de morrer, teria discutido com o traficante ao ser cobrado na frente de seus filhos, o que motivou a sua execução.
Desde então, o SIG passou a realizar diligências com a finalidade de apurar todas as circunstâncias do crime, principalmente a autoria.
Jefferson foi morto por dois indivíduos que ocupavam um automóvel VW Gol, na cor preta, sendo que o motorista sempre ia até a casa da vítima para cobrá-lo. Também foi identificado que, após o crime, o automóvel foi escondido em uma residência no Canaã III, e o autor trabalha como frentista em um posto de combustíveis.
Identificado o paradeiro desse carro, foi observado que se tratava do mesmo que foi flagrado pelas câmeras de segurança.
Na manhã desta segunda (18), ao ser cumprido mandado na casa dos suspeitos, foi apreendida uma pistola calibre 6.35, municiada, além de vários aparelhos celulares e dinheiro de origem duvidosa.
Referente ao homicídio de Jailton, o SIG apurou que os criminosos residem no Bairro Cachoeirinha, assim como a vítima. Eles negaram o crime.
Então, o autor desse crime passou a ser ameaçado, o que fez que ele, após vender a pistola calibre nove milímetros utilizada no homicídio, adquirisse um revólver calibre 38, o qual passou a ser constantemente portado.
Ao ser abordado esse suspeito, o SIG identificou que ele trazia o revólver em sua cintura, o qual possuía a numeração identificadora raspada.
Na residência, foram aprendidas várias porções de drogas, além de plástico para embalar o ilícito e uma balança de precisão, o que confirma que a motivação do homicídio foi a venda de entorpecentes.
Com essa operação, que contou com 25 policiais, o SIG obteve ainda mais provas sobre a prática dos dois homicídios, cujos inquéritos encontram-se tramitando e logo serão encaminhados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.