A Polícia Civil, através da Delegacia de Maracaju, fez na manhã desta sexta-feira (20) uma operação para capturar o chefe do tráfico local, bem como para apreender drogas armazenadas em uma residência na Rua Nestor Muzzi, bairro Vila Juquita.
Segundo informações de inteligência policial e diligências preliminares, a casa endereço conhecido como “guarda-roupas”, local em que se armazenava crack para abastecer todos os usuários que vagueiam pela antiga estação ferroviária do Poeirinha.
Todos os dias, no período da manhã, por volta de 8h e 8h30 (no intuito de evitar operações policiais comumente realizadas às 6h), o chefe do tráfico local saia de sua residência no bairro Olídia Rocha e ia até a casa na Rua Nestor Muzzi, na Vila Juquita. No local, juntamente com sua mulher, desenterrava parte do crack estocado e dividia para que seus “funcionários” na empreitada criminosa fornecessem para os usuários da antiga estação ferroviária.
Após as vendas, o dinheiro era recolhido e repassado para a mulher do chefe do tráfico, administradora financeira do grupo.
Constatou-se que os atos de partilha de drogas e contabilidade financeira ocorriam dentro da casa que fora alugada, no intuito de evitar ações policiais. A residência havia sido alugada em nome do dono das bocas de fumo, tratando-se de casa de fachada. Para evitar que a movimentação chamasse atenção das autoridades, o chefe do tráfico e sua mulher colocaram um casal para residir no imóvel.
Em posse das informações, a Polícia Civil se dirigiu ao local e constatou o ocorrido. Um dos envolvidos foi encontrado cavando buraco num canteiro pra retirada do entorpecente. Diante dos fatos, o chefe do tráfico M.W.S., conhecido como “Chefinho”, sua mulher J.P.O. e um terceiro indivíduo, R.V.C., foram presos em flagrante e encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil.
Segundo a polícia, a associação criminosa pretendia lavar o dinheiro oriundo do tráfico, pois os autores inaugurariam, na data de hoje (20), um lava-jato de fachada para dar aparência de legalidade ao dinheiro oriundo do tráfico. As investigações prosseguem a fim de apurar outros “braços” da associação criminosa.