A PC (Polícia Civil) de Mato Grosso do Sul aguarda autorização de dois juízes de São Paulo e um do Estado para que os lutadores de jiu-jítsu, Erberth Santos de Mesquita e André Pessoa, possam vir para Três Lagoas, onde eles estupraram três garotas de programa. Em Campo Grande, foram quatro garotas de programa estupradas.
Letícia Mobis, delegada da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), informou que os atletas podem prestar depoimento para ela por videoconferência e podem nem chegar a vir para MS.
Na delegacia de São Paulo, Eerberth e André confessaram que fizeram uso de drogas antes de cometerem os estupros. Os crimes aconteceram entre os dias 21 e 24 de agosto deste ano.
Os dois lutadores foram presos em um pedágio da rodovia Castello Branco, quando seguiam à capital paulista. Com eles, os policiais encontraram 24 celulares, bolsas e dinheiro. Inicialmente a prisão foi por receptação.
Culparam as mulheres
Segundo o delegado de Boituva, Carlos Antônio Antunes, os autores culparam as mulheres pelos estupros. Eles chegaram a dizer que a bebida que tomaram nos locais estava batizada. Já as vítimas relataram em depoimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) que foram espancadas e até ameaçadas de morte.
“Eles alegam que fizeram uso de drogas. O Erberth diz que fez uso de maconha e o André, de cocaína. Eles ainda transferem a responsabilidade para as mulheres, falando que o uísque que eles tomaram estaria de certa forma ‘batizado’ (…) e que perderam o controle, não sabiam o que estavam fazendo”, complementa Antunes.