Levantamento da operação "Focus", da PMA (Polícia Militar Ambiental), mostra que entre 1 de agosto e 1 de outubro, foram aplicados mais de R$ 29,2 milhões em multas por queimadas e incêndios florestais em oito cidades de Mato Grosso do Sul. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (2/10).
Esta ação é realizada em parceria com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e usa alertas de queimadas emitidos via satélite, garantindo resposta rápida das equipes. Com isso, os policiais chegam aos locais com maior agilidade, o que facilita a responsabilização de quem provoca ou colabora com o fogo.
“Desde o seu início, a operação tem fortalecido a cooperação interagências, agindo de forma organizada para enfrentar o período mais sensível às queimadas”, diz a corporação em nota.
A cidade com maior valor em multas é Angélica (R$ 12.187.000,00), conforme o balanço. Em seguida, aparece Costa Rica (R$ 7.751.000,00), Nova Alvorada do Sul (R$ 6.178.000,00), Bataguassu (R$ 2.362.000,00), Paranaíba (R$ 568.981,00), Paraíso das Águas (R$ 90 mil) e Ribas do Rio Pardo (R$ 75 mil), enquanto Dourados registrou o menor valor (R$ 3 mil).
Um dos casos registrados foi o incêndio na colheita de cana-de-açúcar em uma fazenda na cidade de Angélica, a 272 quilômetros de Campo Grande, no dia 25 de setembro. Ao todo, foram destruídos 1.463,891 hectares, sendo 62,605 deles de vegetação nativa.
O proprietário da fazenda foi multado em R$ 4,8 milhões. A penalidade financeira foi aplicada com base no Decreto federal nº 6.514/2008, que prevê R$ 3 mil por hectare queimado de área agropastoril e R$ 10 mil por hectare de vegetação nativa, totalizando R$ 4.836.000,00.