Nesta terça-feira (7), a Polícia Federal deflagra a operação Geminus, contra um grupo ‘dedicado’ a enviar cocaína de Mato Grosso do Sul para o Rio Grande do Sul, por meio de uma empresa de transporte e agronegócio. Os crimes investigados são tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Ao todo, são cumpridos 37 mandados, entre eles, em Dourados, sendo dois de prisão e nove de busca e apreensão. Há cumprimentos também nos estados de Santa Catarina e RS.
Segundo a PF, são executadas ordens judiciais para o sequestro de 52 imóveis e de 70 veículos, entre automóveis, jet skis, caminhões, carretas e tratores, e o bloqueio de valores em contas bancárias de 33 pessoas físicas e jurídicas envolvidas.
Os bens a serem sequestrados estão estimados em R$ 50 milhões.
Conforme as investigações, a organização criminosa tem um núcleo familiar estabelecido em Deodápolis e Viamão (RS), utilizando o agronegócio e outras atividades econômicas formais como fachada para ocultar os valores obtidos com o tráfico internacional de drogas, principalmente de cocaína.
O transporte da droga era feito em caminhões, a partir da fronteira de Mato Grosso do Sul, para uma propriedade rural de Viamão, de onde era distribuída para traficantes locais do RS, principalmente das regiões de Porto Alegre e Vale dos Sinos.
Durante as investigações, iniciadas em agosto de 2019, a Polícia Federal apurou que a organização criminosa movimentou cinco toneladas de cocaína em um ano.
Os valores obtidos com o tráfico de drogas eram inseridos na economia formal através de simulação de prestação de serviço de transporte, declaração de produção de grãos inexistente, atividade pecuária em Deodápolis, empresa de locação de máquinas e equipamentos para a construção e outras aquisições de bens móveis e imóveis em nome de terceiros.
Mandados em MS
Como já mencionado, além de Dourados, também são executados mandados de prisão em Maracaju (um) e Deodápolis (dois). Já os de busca e apreensão ocorrem nos municípios de Ponta Porã (dois), Maracaju (dois) e Deodápolis (quatro).
Sobre
A operação foi denominada Geminus, pois dois integrantes do alto escalão da organização investigada são irmãos gêmeos idênticos, sendo que um deles gerencia os negócios ilícitos no Rio Grande do Sul e o outro aqui no Estado.