A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira (4), a operação SOS Saúde, que investiga crimes de falsificação de documentos, dispensa irregular de licitação, peculato e organização criminosa no Hospital Regional José Simone Netto, em Ponta Porã.
De acordo com o Campo Grande News, são cumpridos mandados de busca e apreensão e o sequestro de bens contra gestores do Instituto Gerir, Organização Social que administrou a unidade entre os anos de 2016 até 2019.
Desde as primeiras horas do dia, as equipes visitam endereços ligados à empresa em quatro estados brasileiros.
Início das investigações
Conforme o site, as investigações contra a Organização Social começaram em fevereiro de 2019, um mês antes de ser dispensada da administração do hospital. Foram identificadas diversas irregularidades, praticadas principalmente entre agosto de 2016 e julho de 2017.
A Polícia Federal informou que o Instituto Gerir recebeu valores elevados com o compromisso de gerenciar o Hospital Regional de Ponta Porã, mas desviava os recursos em proveito de empresas vinculadas aos próprios dirigentes.
Durante os anos à frente a unidade, a organização, que formalmente não tinha fins lucrativos, cresceu exponencialmente e passou a administrar diversas unidades de saúde no Brasil, o que implicou no recebimento de quase R$ 1 bilhão entre 2014 e 2019.
A empresa atua em Mato Grosso do Sul, Paraíba, São Paulo, Bahia, Goiás e Mato Grosso. Nesta manhã, são alvos da operação: gestores do Instituto Gerir, empresas que receberam irregularmente valores financeiros e seus sócios-administradores e dois contadores, e os seus escritórios de contabilidade.
Ao todo, são executados 34 mandados de busca e apreensão em 25 endereços diferentes: 11 são no estado de São Paulo, dez em Goiânia, três em Brasília e um em Campo Grande. Também foram realizados o sequestro de bem, direitos e valores. Em poucas horas de ação, endereços luxuosos foram vistoriados e dinheiro estrangeiro apreendido.
SOS-Saúde
O nome da operação faz alusão tanto ao principal investigado, que deveria fazer o correto emprego das verbas públicas destinadas à área da saúde, como a socorro (sigla SOS) prestado pelas instituições de controle ao serviço de saúde pública.