Célio Barbosa disse que José Carlos de Souza investiu contra ele por causa dos porcos deixados na casa onde a vítima morava
Se apresentou nesta manhã na Polícia Civil em Dourados, o trabalhador rural Célio Barbosa da Silva, 29, que no sábado (28) matou com tiro no peito outro trabalhador rural, José Carlos Rodrigues de Souza, 20. O crime ocorreu na fazenda onde os dois trabalhavam, no distrito de Itahum, município de Dourados.
Célio chegou à 1ª Delegacia de Polícia acompanhado pelos advogados Rubens Saldivar e Adriel Seródio de Oliveira. Ao Campo Grande News, Rubens Saldivar disse que o cliente alega legítima defesa, já que José Carlos teria partido para cima de Célio.
“Ele deu um tiro para assustar, mas a vítima continuou investindo e o Célio disparou outro tiro, que acertou. As outras cápsulas não foram deflagradas, não tinha intenção nenhuma de matar”, afirmou o advogado. Segundo Rubens Saldivar, Célio alega que José Carlos o chamou de “corno”.
A mulher de Célio disse à reportagem que o desentendimento entre ele e José Carlos começou por causa de uns porcos comprados pelo marido dela de um ex-funcionário da fazenda. Só que Célio não levou os porcos para a casa dele, no assentamento Lagoa Grande, também em Itahum.
Segundo ela, José Carlos se mudou para a casa onde tem o chiqueiro dos porcos e mandou Célio levar os animais. Como estava aplicando fertilizante na lavoura para plantio de soja, Célio trabalhava até à noite e não teve tempo de pegar os animais na semana passada.
No sábado, José Carlos teria ido de moto até o local onde Célio trabalhava com o trator e teve nova discussão. Célio afirma que atirou porque José Carlos queria agredi-lo. Depois do tiro, Célio foi até o alojamento da fazenda, pegou sua moto e fugiu.
José Carlos foi socorrido ao Hospital da Vida, em Dourados, mas morreu na madrugada de ontem. O irmão dele, de 14 anos de idade, relatou aos policiais que José Carlos e Célio vinham trocando ofensas em conversas pelo aplicativo WhatsApp por causa dos porcos.
O advogado disse que Célio Barbosa deve ser ouvido, indiciado e liberado para aguardar o julgamento em liberdade.
Fonte: campograndenews