O paraguaio Jorge Montiel Velilla, de 29 anos, um dos procurados pela PM (Polícia Militar) esteve uma rádio no Paraguai e afirmou que é inocente da acusação de ter participado do confronto com o Bope, em Ponta Porã, no dia 16 de março.
Jorge disse que vende materiais de construção e alegou ter provas disso, e que no dia do confronto, ele estava em sua casa.
“Eu nem falo com essas pessoas, eles me acusam do nada. Eu estava no Cruce Bella Vista. Entrei na minha casa às dez da noite. Tenho filmagem e tenho provas. Tenho uma foto em Yby Ya'u. Vou me apresentar, mas me coloco à disposição dos juízes. Eles me falaram do Brasil que iam me matar”, disse em entrevista à rádio.
O advogado, Édgar Guillén, indicou que seu cliente tem todas as provas que comprovam sua inocência, e pediu garantias para comparecer perante as autoridades competentes. Já que querem dar o primeiro passo para ‘buscar a verdade’ no caso.
“A verdade é que ele não está envolvido neste ato punível. Vamos trabalhar para libertar esse cidadão”, afirmou.
Guillén ressaltou que quer saber quais documentos o Bope brasileiro tem para acusar Montiel. No entanto, também durante uma entrevista ao El Radar, o coronel Marcos Poletti, comandante da Polícia Militar Especializada, mencionou que não podem tornar públicas suas provas para acusar os procurados.
O advogado lamentou que se seu cliente se apresentasse às autoridades brasileiras, ele não poderia representá-lo por questões de validação da profissão de advogado. Diante disso, Guillén pediu ajuda ao Comando Tripartite e aos representantes nacionais, para que possam dar garantias para a defesa de Montiel Velilla.