A polícia segue investigando o caso do menino de dois anos que continua internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Campo Grande, em coma, como tentativa de homicídio e tem como suspeito o padrasto dele. Inicialmente, o garoto deu entrada na unidade hospitalar como acidente, sob alegação da mãe de que ele teria caído de um degrau enquanto brincava com a irmã - Relembre o caso aqui.
Na última terça-feira (30/1), o homem foi conduzido para a delegacia após ser encontrado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) caminhando na BR-262, em Terenos. Apesar de ser suspeito, ele foi ouvido e liberado já que não há mandado de prisão expedido e porque não estava em situação de flagrante.
De acordo com o Midiamax, aos policiais, a avó da criança, que também prestou depoimento, disse que o neto chegou ao hospital com a ‘cabeça rachada’. Ao ser examinado, a equipe médica constatou lesões incompatíveis com o relato da mãe e acionou a polícia. Desde então, o caso está sendo investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) como abandono de incapaz, se do fato resulta lesão corporal de natureza grave e homicídio contra menor de 14 anos, na forma tentada.
Na tarde de quarta-feira (31/1), a Santa Casa da Capital informou que a criança segue em estado grave, sem resposta aos estímulos e em observação clínica rigorosa de leito de Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Ele deu entrada no hospital às 13h31 do dia 23 de janeiro.
Quem também prestou depoimento, ainda segundo o site, foram o pai e a irmã do menino. Aos agentes, o genitor disse que soube do caso por terceiros, pois estava trabalhando em uma cidade no interior do Estado e assim que descobriu a situação veio para a Capital.
Ele buscou a filha na casa da avó materna, mas o Conselho Tutelar aconselhou o pai a devolver a criança para ingressar por meios legais.
Agressão de padrasto
Quando prestou depoimento à polícia, a avó do garoto contou, ainda conforme o Midiamax, que as possíveis agressões que o neto e a mãe teriam sofrido por parte do atual padrasto. Ela disse ainda que ficou sabendo que o menino havia ‘caído’ pela filha, mas que não soube como e nem onde os fatos ocorreram.
A mulher contou ainda que na terça-feira (23/1), quando a criança deu entrada no hospital, ela recebeu uma ligação do local sendo informada que teria ocorrido um acidente com o neto e que ela precisaria ir até lá buscar a irmã do menino.
No entanto, a avó não tinha condições de ir à Santa Casa e pediu ajuda a um conhecido para buscar a menina.
Conforme depoimento da avó, depois que a menina, de 4 anos, já estava em sua casa, o pai das crianças – ex-detento que deixou o presídio recentemente – teria ido ao local. Ele, então, disse que o menino, de dois anos, teria morrido, por isso tinha o direito de levar a outra filha.
Ao chegar ao hospital, ela descobriu que ninguém havia ido visitar a criança e soube que era mentira que o neto teria morrido. O médico teria dito a ela que o menino chegou muito machucado e com a ‘cabeça rachada’.
Questionada pela equipe policial se a filha seria capaz de fazer algum mal para o menino, ela teria dito que acredita que tenha sido o namorado, pois já teria ficado sabendo que a mãe e as crianças teriam sido agredidas pelo rapaz, inclusive que a mulher estava com o olho roxo, pois teria se envolvido em briga com ex-colegas da escola, publicou também a reportagem do Midiamax.
Essa mesma versão também relatada pela filha à polícia ao ser questionada sobre o machucado no olho.