O crime aconteceu em outubro do ano passado, quando a mulher foi para o interior de São Paulos com os outros dois filhos
As investigações da Polícia Civil comprovaram que a menina de 10 anos, assassinada pela própria mãe em Brasilândia foi estuprada pelo padrasto. O crime aconteceu em outubro do ano passado, quando parte da família viajou e a vítima ficou sozinha com o autor, e também horas antes do crime.
O suspeito teve a prisão preventiva decreta e foi preso na segunda-feira, 23 de março. Em depoimento, o homem negou os abusos, mas relatou que ficou sozinho com a enteada em outubro, quando a mulher viajou para o interior de São Paulo com os outros dois filhos.
Com as investigações, a polícia descobriu que os abusos aconteceram exatamente nesta época, em 12 de outubro, no dia das crianças. A vítima relatou o caso para a mãe, assim que ela voltou. Mas a mulher não tomou nenhuma atitude.
Evidências apontam ainda que a menina foi estuprada no dia anterior, ou até mesmo horas antes, do crime. Mais uma vez, ela teria contado à mãe sobre o último abuso. “Fato que será confirmado com a conclusão do laudo de exame pericial necroscópico”, afirmou a polícia em nota.
O assassinato – Em depoimento, o irmão da menina, um adolescente de 13 anos, contou à polícia detalhes do crime. E ele disse que no sábado (dia 21) estava jogando bole e quando voltou para a casa e encontrou a mãe e a irmã brigando.
Quando o viu, a mãe fez a seguinte afirmação: “ela não vai viver mais porque essa menina é mentirosa”, contou o menino. Na sequência, a mulher também afirmou que a filha contou ter sido estuprada padrasto. Segundo a versão do adolescente, a mulher então pegou um fio de solda e visivelmente embriagada, ameaçou: “vou acabar com a vida dela porque não quero que minha filha fique mal falada”.
Por ordem, da mãe, os dois filhos entraram no carro. Ela dirigiu até uma estrada após o aterro municipal, margeada por mata e plantação de eucalipto. Ali, parou o carro e os dois irmãos desceram e correram. Porém, lembrou o adolescente, a menina foi alcançada e começou a gritar. Quando ouviu silêncio, ele se aproximou das duas e viu a mãe estrangulando a irmã.
Depois a mulher pediu ajuda para enterrar o corpo da filha. O menino relatou que a criança foi colocada de cabeça para baixo num buraco, mas ainda estava viva e pediu socorro. “Que alega que sua irmã já estava dentro do buraco, quando ouviu ela gritar, dizendo socorro e mexeu os pés. E que nesse momento já tinha jogado terra sobre o seu corpo e sua mãe pisava por cima para socar a terra”, descreve parte do seu depoimento.
Depois do assassinato, a os dois voltaram para casa. Pouco depois, a autora se entregou a polícia. A polícia já constatou que o padrasto estava em casa durante a briga e o momento em que as crianças saíram com a mãe. Na delegacia, o homem afirmou que estava dormindo e não viu nada.
A polícia segue as apurações para confirmar se o suspeito tem envolvimento no assassinato. “Os dois inquéritos que foram instaurados para apuração da morte da criança e dos abusos sexuais serão concluídos na semana que vem”.
Fonte: campograndenews