A ossada humana encontrada na terça-feira (17/10), em uma fazenda no município de Bella Vista do Norte (PY), cuja área tem influência do grupo criminoso EPP (Exército do Povo Paraguaio) não é do ex-vice-presidente daquele país, Oscar Denis, mas sim de uma mulher entre 50 e 60 anos, morta há cinco anos.
A informação foi confirmada pelo fiscal Pablo Zárate.
Para auxiliar na identificação dos restos mortais, dois profissionais se juntaram à investigação: uma odontóloga e uma arqueóloga. A presença desses especialistas indica a complexidade do caso e a necessidade de análises minuciosas para esclarecer os fatos.
O sequestro do político ainda é um mistério para as autoridades paraguaias que até hoje investigam o caso.
Oscar Denis foi levado por uma milícia formada por membros do grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio da fazenda Tranquerita, cerca de dez quilômetros da cidade de Yby Yaú, Concepción, nas proximidades de Bela Vista, em Mato Grosso do Sul.
Ele estava acompanhado pelo capataz, de etnia indígena, Adélio Mendonza, de 22 anos, quando foi retirado de dentro da sua caminhonete.
Segundo relatos de Adélio, que foi libertado um mês depois, no dia do sequestro eles foram rendidos por seis pessoas que usavam uniformes militares camuflados e estavam com rifles nas mãos.
O grupo era formado por três adultos e três adolescentes que já foram identificados, mas nenhum deles ainda foi preso.