Operação contra o golpe do falso advogado cumpre mandado de prisão em Dourados

Deflagrada nesta terça-feira (11/11), pela Delegacia de Comabate a Estelionatos do Departamento de Investigações Criminais de Santa Catarina, a operação "Alvará Fantasma" que visa desarticular quadrilha especializada no golpe do falso advogado.

Em Dourados, uma mulher de 33 anos, moradora na Rua Moanoel Amaro de Matos, no Bairro Parque do Lago, e segundo a polícia, ela é apontada como "peça-chave" no esquema criminoso, pois emprestava suas contas bancárias para recebimento dos valores obitos de forma ilícita. 

Outra mulher, de 35, também foi presa, mas no município de Nova Andradina.

Segundo a PC (Polícia Civil), são sete mandados de prisão temporária e dez de busca e apreensão, cumpridos também em Nova Andradina, Campo Grande e Três Lagoas, além de Geminiano (PI).

A investigação, iniciada em junho deste ano, em Florianópolis (SC), revelou um esquema de estelionato conhecido como “golpe do falso advogado”, no qual uma das vítimas catarinenses sofreu prejuízo de cerca de R$ 100 mil.

Durante as diligências, apurou-se que a quadrilha operava a partir de Nova Andradina e já havia aplicado golpes em pelo menos outras três vítimas no estado catarinese, gerando danos superiores a R$ 170 mil.

De acordo com o delegado Caio Bicalho, titular da Delegacia de Nova Andradina, criminosos utilizam aplicativos de mensagens para se passar por advogados, empregando fotografias, nomes e registros reais da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para conferir aparência de legitimidade.

As vítimas são convencidas a efetuar pagamentos supostamente relacionados a custas processuais ou alvarás judiciais, baseando-se em documentos falsificados com timbres e assinaturas simuladas do Poder Judiciário.

Durante a ação, foi apreendido o celular utilizado nas fraudes, bem como outros aparelhos pertencentes aos suspeitos, que servirão para aprofundar as investigações. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 300 mil em cada uma das 63 contas bancárias vinculadas aos investigados.

Os sete detidos responderão por fraude eletrônica e associação criminosa.