A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (17), a operação Autoimune para desmontar um esquema clandestino de importação e comercialização de medicamentos falsificados e de origem estrangeira. Em dez meses, os alvos movimentaram pelo menos R$ 4 milhões.
Até o momento, a PF informou que as investigações tiveram início com a apreensão de várias caixas de medicamentos de origem argentina, que tem como princípio ativo ‘Neostigmina’ – indicado em várias doenças que atingem os músculos – no Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Na ocasião, a pessoa não apresentou documentação que comprovasse a entrada regular no Brasil.
Ao todo, são executados 33 mandados, sendo 32 de busca e apreensão e um de prisão preventiva em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Mato Grosso.
A ação se deu após o compartilhamento de informações entre a Polícia Federal e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), juntamente com a análise do material apreendido durante operação Miastenia, deflagrada em agosto de 2022.
A primeira fase da operação possibilitou que os investigadores tomassem conhecimento de que o mercado paralelo de medicamentos estrangeiros contava com a participação de diversas empresas de fachada, sendo praticado em 65 municípios do país localizados em 16 estados e no Distrito Federal.
Nessa operação, foi apreendida uma caixa do medicamento imunoglobulina com origem argentina e comprovadamente falsificado.
Operação Autoimune
O nome da operação faz alusão ao emprego dos medicamentos importados no tratamento de diversas doenças autoimunes, ou seja, patologias nas quais o sistema imunológico ataca células saudáveis, levando ao desenvolvimento dos mais variados sintomas.