Eloá, de 3 anos, teve diversas lesões após ser agredida por homem que sofre de esquizofrenia
“Eu não consegui salvar minha filha”, lamenta, repetidamente e entre lágrimas, a dona de casa Elenilda Carvalho Moreira, de 31 anos, que na tarde de quarta-feira (11) viu a filha Eloá Aquino Carvalho, de 3 anos, ser atacada na rua por homem que sofre de esquizofrenia. A menina foi arremessada no chão e teve lesões graves. Na Santa Casa, onde está internada, os médicos já abriram protocolo para confirmar morte encefálica.
Em um esforço sobre-humano, Elenilda tenta pensar logicamente sobre uma situação inexplicável. Ela estava ali, em um ponto de ônibus acompanhada da “Lolô”, como a família chamava Eloá, e de outros dois filhos, um de 5 anos e outro de dois meses, quando o homem se aproximou puxou a menina pelos pés e a arremessou no chão. “Não deu tempo de chorar, nem de gritar mãe”, lembra.
O responsável pela violência sem explicação é Cecílio Martins Centurião Júnior, de 34 anos, diagnosticado com esquizofrenia e que havia sido interditado pela Justiça há 7 anos. “Ele estar preso não vai trazer minha filha de volta, mas pelo menos não vai fazer com outra criança”, afirma Elenida.
A mãe não consegue evitar o pensamento sobre como poderia ter evitado aquilo, mas não encontra respostas. Diz pensar, também, se a menina estava bagunçando ou fazendo algo que pudesse incomodar alguém, mas não. Lolô “estava sentadinha com o irmão dela”.
Depois de a menina ter sido levada para o hospital este mesmo foi um dos primeiros a ser avisados sobre o estado grave de Eloá. “Ele viu tudo. Estava em pânico e eu tive que chegar e contar”.
O relatos que fez aos filhos foi exatamente iguail aquele ouvido pouco antes de profissionais da Santa Casa. “Eles não queriam falar logo comigo, mas eu disse sou forte. Ela é minha filha. Carreguei ela por nove meses”.
(Campo Grande News)