O motorista que dirigia uma caminhonete em Ponta Porã na última segunda-feira (18/3), e que foi atacada por pistoleiros armados com fuzil, passou por cirurgia ontem (19/3), e tem o quadro de saúde considerado estável.
Como foi informado pela polícia, Everson Mereles, de 26 anos, estava como motorista da caminhonete Toyota Hilux que tinha como passageiro, o paraguaio Henrique Fernandes, que morreu no local após ser baleado.
Segundo a polícia, foram efetuados mais de 50 disparos contra o carro.
Do corpo de Everson, os médicos retiraram nove balas de fuzil que estavam alojadas. A maioria atingiu as pernas da vítima. De acordo com o último boletim médico, do Hospital Regional de Ponta Porã, o homem está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O atentado
Emerson dirigia uma caminhonete blindada na Avenida Brasil, em Ponta Porã, na noite de segunda-feira quando o veículo foi atingido por mais de 50 tiros de fuzil calibre 7.62. Henrique Fernandes, de 27 anos, que estava no lado do passageiro foi atingido e morreu na hora. Os dois homens têm nacionalidade paraguaia.
De acordo com a polícia, Fernandes tinha ligação e trabalhou como piloto de avião para o traficante Jarvis Pavão, conhecido como "Senhor das Drogas", que foi preso no Paraguai e extraditado para o Brasil em dezembro de 2017.
"O alvo era mesmo o Fernandes. Ele foi atingido por uma quantidade maior de tiros, ainda não sabemos quantos. A maioria dos tiros na caminhonete foram do lado dele. Os criminosos, inclusive, poderiam terminar de matar o motorista, o que não ocorreu", disse o delegado responsável pelo caso, Alcides Braun.
Logo após a caminhonete ser fuzilada, o motorista pediu socorro a um parente por telefone.
O carro usado pelos pistoleiros foi encontrado queimado nesta terça na região da fronteira. A polícia acredita que o caso tem relação com a "guerra" pelo controle do tráfico de drogas na região que só em 2018 resultou em 30 mortes e dezenas de atentados.