Equipes da Polícia Nacional do Paraguai e do Ministério Público foram acatadas a tiros por indígenas, na tarde de quarta-feira (13/3), nas proximidades de Corpus Christi, povoado localizado a menos de 40 quilômetros de Paranhos.
O atentado ocorreu no mesmo local onde, no dia 8 de fevereiro, um trator e uma semeadeira foram incendiados pelos nativos.
Por volta de meio-dia de ontem, estavam na equipe os promotores Ramón Javier Ferreira e Oscar Paredes, além dos comissários da Polícia Nacional Roque Cañete e Aldo Morel.
Segundo o Ministério Público, os agentes pretendiam chegar ao acampamento para conversar com os líderes da ocupação e tentar convencê-los a deixar a fazenda.
A advogada Michelle Bettancourt, representante da empresa Alsa S/A, proprietária das terras, disse ao jornal ABC Color que os tiros foram disparados com armas automáticas e tinham. Entretanto, ninguém foi atingido.
A propriedade tem 1.560 hectares, 100 deles são formados por florestas e foram ocupados pelos indígenas. Os representantes da empresa acusam os indígenas de se associarem a traficantes para uso das matas para plantio de maconha e pouso de aviões com cocaína. Os nativos alegam que as terras são de ocupação histórica e, por isso, pertencem a eles.