Na tarde deste domingo (30/3), a equipe PC (Polícia Civil) prendeu um homem de 25 anos, que estava se passando por policial federal para aplicar golpes em mulheres, em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Segundo a vítima, o indivíduo foi apresentado a ela há cerca de três semanas por um amigo em comum.
O autor, que alegava ser policial federal, afirmou que era de São Paulo e estava lotado em Ponta Porã, além de dizer que tinha começado curso de medicina, mas não estava conseguindo conciliar com as missões do trabalho. Durante o período em que mantiveram contato por redes sociais, o homem pediu R$ 150 emprestado para a vítima, alegando problemas com sua conta bancária e com a realização de transferências via Pix.
Na última sexta-feira (28/3), ele entrou em contato novamente, dizendo que havia acabado de retornar de uma missão no Acre e pediu para se encontrar com a vítima. Ao longo do encontro, o homem fez diversas manobras que levantaram suspeitas, como a guarda de uma arma na porta do veículo e uma conversa estranha sobre um processo envolvendo o ex-marido da vítima na polícia paraguaia.
Em uma tentativa de aplicar um golpe, o autor disse que o ex-marido da vítima teria um processo por enriquecimento ilícito na polícia paraguaia e que a investigação poderia ser “arquivada” por um pagamento de R$ 7 mil, que ele afirmou ser possível negociar para R$ 5 mil. Ele então forneceu à vítima a chave Pix dele e pediu que ela disse ao ex-marido que efetuasse o pagamento.
Desconfiada da história, a mulher procurou seu ex-marido, que também achou o relato estranho. Juntos, eles decidiram procurar a Polícia Civil para registrar a ocorrência.
Após o depoimento da vítima, equipes da Polícia Civil foram até a residência do autor. Como ele não respondeu às tentativas de contato, foi necessário o uso de uma bomba de efeito moral para adentrar o local, já que havia a suspeita de que ele estivesse armado.
Em depoimento, ele afirmou que possuía uma arma de Airsoft, a qual usava para se passar por policial federal em festas e para se aproximar de mulheres. O indivíduo admitiu que não possuía uma carteira falsa de policial, mas frequentemente exibia uma carteira de forma rápida, usando sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação), para enganar seguranças e conseguir acesso a locais restritos.
Além disso, ele relatou já ter pegado dinheiro emprestado se passando por policial. Ele foi preso em flagrante e está à disposição da Justiça para responder pelos crimes cometidos.