Réu foi condenado por ocultação de cadáver e homicídio triplamente qualificado
Doze anos depois de matar a ex-mulher e esconder o corpo em um sofá-cama, Eduardo Dias Campos Neto, de 38 anos, foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado pelo crime. A vítima, Aparecida Anuanny Martins de Oliveira, foi morta por asfixia e tinha 18 anos quando morreu.
A sentença foi dada na tarde desta sexta-feira (4), após aproximadamente sete horas de julgamento conduzido pela 2ªVara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Os jurados decidiram pela condenação, e o juiz Aluizio Pereira dos Santos fixou pena de 21 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado, além de 15 dias multa pelos crimes de ocultação de cadáver e homicídio qualificado por motivo fútil, asfixia, recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Durante depoimento, Eduardo chegou a chorar e pedi desculpas para a família da jovem, que acompanhava o júri. O discurso não convenceu familiares que, revoltados, deixaram o plenário no momento em que o réu falava. Ele relatou ainda que matou a vítima asfixiada depois de uma briga que levou um tapa no rosto.
Depois de passar 10 anos foragido, Eduardo, que há 8 foi diagnosticado com câncer, foi preso em agosto de 2017 numa fazendo no Paraguai, somente 10 anos depois de cometer o crime. Em razão da doença, ele responde pelo crime em prisão domiciliar.
Segundo o Ministério Público, Aparecida foi ao apartamento para buscar o filho e conversar com o ex-marido, que insistia em reatar o relacionamento. Na ocasião, a avó da criança, que também morava no local, levou o neto para passear e deixou o casal a sós. Eduardo teria iniciado uma discussão e aplicou uma chave de braço na vítima, que morreu por asfixia.
Na sequência, ele escondeu o corpo dentro de um sofá-cama. A mulher só foi encontrada três dias depois pela mãe do acusado.
Fonte: campograndenews