Narciso da Silva Cavalcante, de 34 anos, assassinou o motorista Jovane Rodrigues Pires, de 29, na frente da ex-mulher, depois a obrigou fugir com ele e durante a viagem prometeu “uma nova vida”, segundo informou a PC (Polícia Civil) por meio do SIG (Setor de Investigações Gerais) em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (11/1).
O delegado Erasmo Cubas, que está à frente das investigações, detalhou que o autor planejou o crime e ao saber onde o casal estava, foi até a lanchonete que fica às margens da MS-276, no distrito de Indápolis, e quando a vítima desceu do caminhão, efetuou quatro disparos que atingiram peito, braço direito e as costas.
Como já mostrado pela reportagem, quem conduzia o veículo era a mulher, que também é motorista e trabalhava em uma empresa terceirizada de ração que presta serviço para uma indústria de Dourados. O corpo de Jovane foi encontrado pela proprietária do estabelecimento, caído.
De acordo com Cubas, depois de obrigar a ex-mulher entrar no carro com ele, Narciso ainda exigiu que ela desligasse o celular.
“Com a arma na mão, ela se sentiu amedrontada, entrou no veículo com ele, que disse que iam passar em casa pegar as crianças e viveriam uma vida nova. Ela disse que não conseguiu reagir aos fatos e foi obrigada a desligar o celular”, disse o delegado.
Prisão do assassino e histórico de violência
Narciso da Silva Cavalcante foi preso no final da manhã de quinta-feira (10/1), em Maringá (PR), em uma ação conjunta da Polícia Civil e PRF (Polícia Rodoviária Federa). No momento da prisão, os agentes resgataram Carla que estava no carro o assassino e os dois filhos do casal.
Em depoimento à polícia, Carla contou que está separada de Narciso há pelo menos sete meses e ele não aceita o fim do relacionamento. No curso das investigações, foi constatado existência de uma denúncia que versa sobre violência doméstica contra a mulher, por parte de homem.
Apesar disso, o delegado disse durante a coletiva, que está descartada a participação de Carla no assassinato.
Narciso teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e agora a polícia atua para concluir a investigação dos fatos. Inicialmente, ele responderá por homicídio qualificado mediante a traição e emboscada e sequestro.
A arma utilizada no crime por Narciso foi entregue à polícia.