Os membros da guerrilha pedem que os militares deixem a região para que o politico receba medicamentos
Membros do EPP (Exército do Povo Paraguaio), apontados como suspeitos de terem sequestrado nesta semana o ex-vice-presidente do Paraguai, Óscar Denis e o seu funcionário, Adélio Mendoza, fez ontem (11), o primeiro contato com a família do político e do produtor rural.
Em comunicado, os criminosos pedem, para a libertação dos reféns, a distribuição de mantimentos para comunidades carentes do interior no valor de aproximadamente US$ 2 milhões [de dólares], e a libertação de Carmen Villalba e Alcides Oviedo Brítez - presos que fazem parte do comando do Exército.
Segundo informações divulgadas pelo site Ponta Porã News, a família de Óscar disse que as exigências são de que as ordens sejam cumpridas o mais rápido possível ou ele será fuzilado dentro de oito dias, os alimentos devem estar em sacolas com a frase “cortesia do EPP” e o logotipo do grupo impressos nelas e que a imprensa cubra o momento da distribuição de alimentos para as famílias beneficiadas e se aluma comunidade não aceitar a doação que os alimentos sejam doados para outras localidades.
Em relação a libertação de Villalba e Oviedo isso deve ocorrer neste final de semana até a noite de amanhã (13).
Os guerrilheiros também enviaram um cartão de memória com dois vídeos com instruções para a libertação dos reféns e a relação das localidades que devem ser beneficiadas com as doações. Um dos vídeos mostra a declaração do EPP que deveria ser publicada até a noite de ontem, o que acabou não ocorrendo.
Os membros da guerrilha pedem que os militares deixem a região para que o politico receba medicamentos e que Adelio Mendoza, que é indígena, será libertado assim que possível.
Ontem, chegaram ao Paraguai especialistas em negociação neste tipo de situação, que vieram da Colômbia e devem ajudar na tentativa da libertação dos reféns.