A Polícia Civil por meio da Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) informou hoje (14), que recuperou R$ 32 milhões dos R$ 50 milhões do golpe aplicado em uma empresa de agronegócio, em Dourados.
Esse total é referente a valores, bens, imóveis e móveis.
Tudo começou depois que ela passou por uma consulta, com trabalhos espirituais com a mulher que residia em São Paulo. À polícia, a suspeita disse que iria morrer em poucos dias, e que para evitar isso, passou a mandar dinheiro para a ‘guia espiritual’.
No período de um mês, a funcionária desviou R$ 50.845.730,50 pertencentes à empresa.
Segundo a Polícia Civil, mais de R$ 15 milhões foram retidos de diversas contas bancárias, sendo que uma delas, estava no nome do esposo da ‘mãe de santo’.
Os desvios começaram depois que a mulher assumiu como coordenadora da empresa, visto que passou a comprar imóveis rurais e urbanos, além de carros de luxo, situação que não condizia com o salário de cerca de R$ 4 mil.
Diante disso, os imóveis comprados pela funcionária e os automóveis foram bloqueados e juntos, somam R$ 3 milhões.
Pouco tempo depois, ainda como parte das investigações, a Polícia Civil apreendeu duas mochilas com documentos, em uma casa localizada no Jardim Flórida.
Duas mulheres identificadas como Juliana e Larissa foram apontadas como as coordenadoras do esquema, e conforme a polícia, ambas já possuíam extensa ficha criminal por furtos, associação criminosa e estelionatos.
Por meio de diligências, foram sequestrados pelas autoridades, R$ 14 milhões em imóveis que ficam em São Paulo.
Por fim, a Defron concluiu que a versão apresentada pela funcionária era mentira e que a mesma procurou as ‘mães de santo’ para que ocultassem as fraudes por meio de ‘magias’.
As três mulheres foram indiciadas pela prática de furto qualificado e associação criminosa.