Menino de 12 anos percorreu 15 quilômetros para fugir, segundo ele, das agressões da mãe, uma mulher de 60 anos. O caso aconteceu em Campo Grande. Segundo a ocorrência, na noite da última segunda-feira (22), a criança foi vista correndo em uma avenida do bairro Nova Lima, e na manhã de ontem (23), foi localizado no centro da capital.
Um vendedor ambulante viu a criança e acionou a polícia. Conforme reportagem publicada pelo Campo Grande News, o garoto contou para os agentes que apanha da mãe em casa e, por isso, fugiu. Ele carregava um saco preto contendo cobertor. À PM (Polícia Militar), relatou que em uma escola abandonada.
Policiais do 1º Batalhão levaram a criança para a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Por coincidência, ao chegarem ao local encontraram a mãe dele, que estava na delegacia registrando um boletim de ocorrência pelo desaparecimento do menino.
Ainda à polícia, o garoto afirmou que tem um irmão, que é adotado e que as agressões são recorrentes dentro da casa onde mora. Ele apresenta um machucado na perna e está com um dos braços quebrados, usando uma imobilização de gesso. A PM não sabe o motivo da lesão.
O que disse a mãe
Para a polícia, ainda de acordo com o site, a mulher disse que não viu o filho fugir. “Estava dormindo, era 19h30, eu durmo cedo”, argumentou. No entanto, ela escutou um barulho no portão da residência e saiu para verificar o que estava acontecendo. Nesse momento, viu o garoto correndo para longe do local. Ela ligou para o 190 e relatou o que havia acontecido. Policiais foram até a casa e iniciaram as buscas pelo garoto.
Ela também relatou que o irmão mais novo do garoto estava em casa chorando “com medo do conselho (tutelar) pegar ele”. Aos policiais a mulher alegou que o menino mente constantemente e que ela não bate nele. “Vai à escola e pergunta para o diretor, que você vai saber quem ele é”, completou.
A mãe disse que ela e o esposo adotaram o menino em 2017. Inicialmente, eles haviam adotado somente o irmão mais novo dele, de dez anos, mas o mais velho sofreu muito, pedindo para ficar com o caçula. Assim, foi concedida a guarda dos dois irmãos para o casal.