A PC (Polícia Civil) tenta identificar por reconhecimento ou DNA, o corpo de um homem encontrado carbonizado na subestação da Energisa, em Campo Grande, na madrugada desta segunda-feira (5/2). O corpo foi encontrado por funcionários da concessionária de energia que atendiam o caso de explosão seguida de incêndio.
A suspeita principal é a de que o homem tenha arrombado uma tela de segurança para entrar e furtar fios do local, que é protegido com telas, cerca elétrica e placas de advertência sobre perigo. O Corpo de Bombeiros foi acionado e extinguiu o fogo após desligamento da energia.
Furtos de fios na região
Embora o crime de furto de fios ou cabos seja constante em todos os pontos da Capital, moradores e comerciantes da Vila Progresso, podem estar entre os que mais sofrem com onda de furtos de fios. Eles relatam que esse tipo de se intensificou nos últimos quatro anos.
Para muitos, o furto de frios 'alimenta' a 'Cracolândia' que virou o bairro, fazendo com que usuários invadam até casas e furtem a fiação. Em casos em que moradores não estejam na casa, os ladrões levam até os fios da rede interna.
Receptação escancarada
Moradores não só da Vila Progresso, mas de outros bairros de Campo Grande, vítimas ou não de furtos de fios, definem que o volume desse tipo de crime é grande devido à falta de aplicação da lei principalmente contra os receptadores que quando presos pela polícia, mal passam da audiência de custódia voltando ao mesmo tipo de delinquência.
A polícia e a Guarda Municipal até prendem receptadores, mas dificilmente se tem notícia de que algum deles pagou pelo crime a não ser algumas horas que passou na delegacia. Por toda a cidade se encontra estabelecimentos que atuam com sucatas, o chamado ferro velho que compram fios, muitos deles não se preocupando com a origem do produto.
Mas existe ainda uma infinidade de 'compradores' espalhados pela cidade, empresas clandestinas que atuem justamente com os vendedores de fios e cabos com origem duvidosa. Hoje, um comerciante de recicláveis devidamente instalado e documentado e que só compra fios e cabos de origem definida, comentou que possivelmente agora com a morte ocorrida na Energisa, alguém tome alguma providência real sobre esse tipo de crime.