O crime aconteceu em 4 de janeiro de 2014, na cidade de Bela Vista, mas a interna estava em Campo Grande desde agosto
Condenada por matar a própria filha recém-nascida, Irene Gonçalves Freitas, de 44 anos, foi encontrada morta em uma das celas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” na manhã desta segunda-feira (18), em Campo Grande. A mulher estava no presídio desde agosto deste ano.
O crime aconteceu em 4 de janeiro de 2014, na cidade de Bela Vista. Irene foi condenada a 18 anos de reclusão, mas só foi presa neste ano. Em 16 de agosto foi transferida da Delegacia de Polícia da cidade para o presídio feminino de Campo Grande.
Conforme o boletim de ocorrência, Irene estava na cela 10 do pavilhão 2, com mais trinta internas. Em depoimento, uma agente penitenciária contou que na noite de ontem a mulher respondeu o confere de presos normalmente, mas nesta manhã as outras presas avisaram que ela estava com o corpo todo roxo.
Socorro foi acionado, mas ela já estava sem vida. Não há informações sobre a causa da morte. Ainda segundo a agente, assim que Irene deu entrada no presídio, foi oferecido proteção a ela, mas a interna negou, alegando ser inocente. Perícia e equipes da 2ª Delegacia de Polícia Civil foram ao local e devem investigar o caso.
Entenda - Irene escondeu toda a gravidez da família e aos 8 meses entrou em trabalho de parto. Para ter o bebê em segredo, chegou a alugar um quarto de motel, mas como as contrações estavam estáveis, resolveu voltar para casa. Horas depois, deu à luz a uma menina no banheiro da residência em que morava.
A bebê nasceu com vida e teve o cordão umbilical cortado pela própria mãe. Usando um bisturi e sem os cuidados necessários, a mulher causou uma hemorragia na criança e a deixou sangrar até a morte. Depois, enrolou o corpo em uma toalha e o colocou dentro do baú de sua motocicleta.
Antes de conseguir se livrar do corpo, Irene acabou internada por fortes sangramentos. No hospital ligou para o filho e mandou que ele enterrasse a irmã no quintal. O menino pediu ajuda do tio e juntos eles cavaram um buraco para colocar o corpo da bebê.
Em dezembro do mesmo ano, Irene foi condenada a 18 anos de reclusão em regime fechado pelo assassinato da filha. A defesa recorreu da decisão e a mulher permaneceu em liberdade, se apresentando mensalmente em juízo, por mais de quatro anos. Só em julho de 2019, a pena foi mantida pela justiça e a ré presa pelo crime.
Fonte: campograndenews