Produtores na região oeste começam hoje a plantar soja depois da chuva, mas temem confronto com índios que tentam invadir terras
Policiais militares foram chamados hoje (26) para evitar novo confronto entre índios e seguranças de sítios localizados na região oeste do município de Dourados. Na área, localizada entre a Aldeia Bororó e a Avenida Guaicurus, pelo menos 30 pequenas propriedades estão há um ano ameaçadas de invasão por grupos indígenas, a maioria vinda de outras aldeias.
O temor era de um ataque por causa do início do plantio de soja em terras próximas à aldeia, como ocorreu no início deste ano, quando os índios tentaram impedir o plantio do milho safrinha.
Sitiantes relataram ao Campo Grande News que, sabendo do início do plantio nesta terça-feira, os índios passaram a noite gritando e ameaçando invadir as propriedades, como mostra vídeo abaixo.
Hoje de manhã, a Polícia Militar foi acionada diante do risco de novo confronto e mandou equipes ao local para fazer rondas. Outro sitiante relatou que os índios começaram a atear fogo na vegetação próxima das áreas de lavoura quando os tratores começaram o plantio, mas logo o serviço foi paralisado por causa da chuva e deve ser retomado nesta quarta-feira (27).
“A única instituição da segurança que nos atende, que nos ajuda, mesmo com toda limitação que eles têm, é a Polícia Militar. Se não fossem eles, já teríamos perdido nossas terras, nossas casas”, afirmou o proprietário rural.
Segundo os sitiantes, ainda no ano passado, quando começaram as ameaças de invasão, eles entraram com pedido de interdito proibitório na Justiça Federal para preservar o direito de propriedade, mas até agora o caso não foi analisado.
Os moradores afirmam que a grande maioria dos moradores da aldeia é contra as ameaças de invasão, que seria liderada pelos irmãos Sílvio e Mateus Benites. Segundo os sitiantes, famílias indígenas que tinham casas perto dos sítios foram expulsos pelos grupos de fora. “Os que estão nos ameaçando de invasão são os bandidos que vêm de fora e se alojaram ali em volta dos nossos sítios”, afirmou um sitiante.
Fonte: campograndenews