Após 20 dias internado na Santa Casa de Campo Grande, em coma, morreu nessa segunda-feira (12/2), Jhemerson de Jesus Belmonte, de dois anos, que foi agredido pela mãe e o padrasto, em janeiro. Os dois estão presos e a informação foi confirmada pela avó materna.
Segundo o Midiamax, a avó esteve com o menino no horário de visita, mas ao chegar em casa, recebeu a notícia da morte. “Estive com ele, peguei no colo, mas ele morreu”, disse a mulher. A Santa Casa ainda não se pronunciou sobre o caso.
Há dias a família dizia que o estado de saúde da criança era irreversível. Mas o Hospital realizou protocolo de morte encefálica e o resultado deu inconclusivo. Segundo as informações, o menino apresentou atividade elétrica durante o eletroencefalograma. Apesar disso, o bebê apresentava lesões no crânio, pulmão, fígado e líquido no abdômen.
Como mencionado, a mãe e o padrasto estão presos desde 1 de fevereiro, quando a polícia concluiu que o garoto havia sido espancado.
Família arrecada dinheiro para sepultamento
Ainda de acordo com reportagem publicada pelo Midiamax, a avó e amigos da família estão arrecadando dinheiro para realizar o velório e enterro da criança. Eles alegam não ter condições para arcar com as despesas orçadas em mais de R$ 2 mil.
Quem tiver interesse em ajudar ou saber mais sobre a iniciativa, pode falar com amigos da família pela telefone (67) 99193-8385.
Sem acreditar que a filha teria envolvimento com o que ocorreu com o neto, a mulher chegou a falar em depoimento que o padrasto seria o único culpado, mas com o decorrer das investigações descobriu-se que a mãe também havia participado das agressões, e com isso, o mundo de Maria Aparecida desmoronou: “meu perdão ela não tem mais”.
Relembre o caso
Como mostrado pelo Ligado Na Notícia a época dos fatos, o menino chegou à Santa Casa levado por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que foi acionada para socorrer uma criança que sofreu uma queda em via pública.
Segundo a Polícia Civil, no hospital, a mãe, apresentou outra versão, relatando aos médicos que o filho caiu enquanto brincava em casa com a irmã mais velha, de quatro anos. O relato chamou a atenção dos profissionais, que acionaram a polícia após constarem que as lesões eram incompatíveis com a explicação apresentada por ela.
A delegada responsável pelas investigações, Nelly Gomes dos Santos Macedo, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), afirma que, em todas as versões apresentada à Polícia Civil, a mãe tentou inocentar o padrasto, de 24 anos. “Ela tentou defender ele apresentando versões que o tiraram das cenas”, relata.
Mesmo com o depoimento da mãe, que dizia que o companheiro não estava presente no momento da suposta queda, as investigações revelaram que o suspeito estava na casa onde ocorreram os fatos. Testemunhas também confirmaram terem visto o homem no local.
O casal – que tentou despistar a polícia apresentando versões diferentes sobre o caso – foi preso no dia 1 de fevereiro, em cumprimento de mandados de prisão temporária realizado por policiais da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. Mesmo após as investigações apontarem a autoria do crime, a mãe e o padrasto segue sem admitir as agressões.