2ª fase da Dark Card cumpre mandados em prefeituras de cidades de MS

Deflagrada hoje (14), pela Polícia Civil, a segunda fase da operação Dark Card, que mira supostas irregularidades nas prefeituras de Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante.

A suspeita é que tenha ocorrido abastecimentos simulados em 2020 e três meses de 2021. Segundo informações policiais, foram cumpridos dois mandados de prisão, sendo um deles contra ex-funcionário da prefeitura de Nova Alvorada e também de um empresário.

Foi determinado ainda sequestro de bens proporcionais ao prejuízo aos cofres públicos, o que culminou na apreensão de veículos, joias e bloqueio das contas bancárias.

Início das investigações

As investigações tiveram início a partir de denúncias realizadas em Rio Brilhante. Em 30 de setembro, um dos suspeitos chegou a ser localizado e com ele, cinco cartões corporativos da prefeitura de Nova Alvorada foram apreendidos, além de um carro GM Tracker.

Na época ainda foi expedido mandado de busca e apreensão no posto de combustível investigado, onde foram apreendidos um computador e R$ 10.750 em dinheiro.

Já nesta fase da operação, a Polícia Civil informou que solicitou à controladoria municipal de Nova Alvorada do Sul, o extrato dos gastos com a frota veicular, quando foi detectado os gastos inconsistentes de secretarias com o cartão genérico, ou seja, aquele que não é vinculado a nenhum veículo oficial e deve ser usado somente de forma emergencial.

O prejuízo com essa prática foi de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos.

Também foi constatado que em Rio Brilhante os cartões eram passados reiteradamente sem que houvesse qualquer abastecimento, fato averiguado com a análise do rastreador da frota veicular de Nova Alvorada do Sul, a qual não percorreu o percurso necessário para consumir o combustível pago pela prefeitura.

Ainda existe um mandado de prisão em aberto de pessoas envolvidas na prática no município de Rio Brilhante, constatando que as duas cidades sofreram um prejuízo estimado em mais de R$ 1,8 milhão.

Sobre

A operação Dark Card é denominada em alusão aos gastos irregulares por meio do cartão corporativo das prefeituras.