A Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou nesta terça-feira (17), que Mato Grosso do Sul está sob alerta após vírus letal ser encontrado na Bolívia, país que faz fronteira com o Brasil através de Corumbá.
Cientistas encontrarem indícios de transmissão do Vírus Chapare na Bolívia, e um alerta do Ministério da Saúde foi encaminhado para o Estado sobre a doença, que provoca sintomas semelhantes ao da dengue e ebola como febres hemorrágicas, dor de cabeça, vômito, diarreia, dores nas articulações, erupções cutâneas e sangramentos nas gengivas – e pode levar à morte.
Descoberta científica teria indicado que vírus se transmite entre humanos.
De acordo com a Vigilância em Saúde da SES, o alerta foi feito através do Ponto Focal Nacional para o Regulamento Sanitário Internacional, que faz parte da vigilância em saúde nacional do Ministério da Saúde.
“O alerta foi encaminhado para o CIEVS Estadual de Mato Grosso do Sul e encaminhado para a Vigilância do município de Corumbá para que a Rede de Saúde se atente para possíveis casos suspeitos que atendam à definição”, disse a diretora da Vigilância em Saúde de MS, Larissa Domingues Castilho de Arruda.
O secretário de Saúde, Geraldo Resende, disse que a informação da suspeita do vírus no país vizinho era muito recente, já que a notícia sobre o novo vírus foi divulgado pela comunidade científica há menos de 24 horas, após estudos dos CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos).
A doença rara já havia matado quatro pessoas entre 2003 e 2019, porém, com a possibilidade de transmissão entre humanos, o risco de propagação aumenta.
Acredita-se que o vírus seja proveniente de roedores e tenha sido transmitido a humanos por contato direto ou indireto com a saliva, urina e fezes de animais infectados.
Já em relação à transmissão entre humanos, a infecção pode acontecer por contato com os fluidos corporais do paciente ou durante procedimentos em ambientes de saúde.
Pesquisas ainda devem ser feitas para entender como o vírus se espalha e causa doenças.
“O vírus é transmitido por alimentos e água contaminados pela urina e fezes de ratos infectados. Ainda está sendo estudada a transmissão de humano para humano”, disse SES em nota.