Coordenador-geral do Programa Cidadania Viva ganha bolsa em curso de Educomunicação na USP
Implantado no ano de 2021 pelo Governo do Estado do Mato Grosso do Sul, o Programa Cidadania Viva, hoje vinculado à SETESCC (Secretaria de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), tem despontado no cenário nacional quando o assunto é educomunicação. Tema esse, que norteia as ações dos jovens bolsistas que fazem parte do programa fundamentado em 4 pilares de atuação: Vozes Cidadãs, Prosa Cidadã, Pontes para Cidadania e Rota Cidadã.
Nesta semana o coordenador-geral do programa, Maicom Alves, foi selecionado com uma bolsa da 2ª edição do curso de aperfeiçoamento em “Educomunicação: Conceitos e práticas” ofertado pela ABPEducom, em parceria com o Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo NCE/USP.
Maicom Alves é indígena Terena, graduado em Letras e está realizando o mestrado em “Linguística Descrição Fonética” na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele conhece a educomunicação na prática por meio do Cidadania Viva, agora poderá aprender os conceitos no curso que tem como proposta justamente fazer uma atualização para quem já compreendeu a proposta do tema. “O curso me ajudará a potencializar o que eu aprendi nas práticas educomunicativas, vai me aprofundar nos conceitos de educomunicação que já estou aprendendo na prática”, ressalta Maicom.
Já a coordenadora executiva do Programa, Elisangela Rodrigues, destaca que é muito gratificante ver o trabalho ter retorno. “Nós estamos semeando e potencializando esses jovens, para que eles sejam formadores de outros jovens. O Maicom está fazendo o inverso que nós fazemos na academia que é aprender a teoria primeiro. Eles estão aprendendo na prática para depois aprender o conceito, eu acho que isso tem uma riqueza até maior”, finaliza.
No ano passado o jovem bolsista Caio Henrique Romero também concluiu o curso de Educomunicação e neste ano fez parte da banca da USP que selecionou os novos jovens para realizar o curso. As bolsas do curso são destinadas às políticas afirmativas.
Para participar da seleção os jovens precisavam ter entre 18 e 29 anos e preencher pelo menos dois dos seguintes critérios, ser de grupos tradicionais e específicos: pessoas negras; quilombolas; indígenas; imigrantes; comunidade LGBTQIA+; pessoas com deficiência (as), pessoas em situação de vulnerabilidade social e usuário do Suas (Sistema Único de Assistência Social). O objetivo do curso é fortalecer os princípios e práticas educomunicativas em prol das transformações sociais e proporcionar a participação e protagonismo dos estudantes.