Dois clãs do narcotráfico, um paraguaio e outro uruguaio, são apontados como os mandantes do assassinato do promotor de Justiça Marcelo Pecci, ocorrido no dia 10 de maio deste ano, na Colômbia. A hipótese foi revelada hoje (9) pelo jornal colombiano El Tiempo.
Coordenador da força-tarefa contra o crime organizado, com atuação inclusive na linha internacional com Mato Grosso do Sul, Pecci foi morto a tiros quando curtia lua de mel na praia privada do hotel Decamerón, na província de Barú, em Cartagena das Índias, na costa caribenha da Colômbia.
Citando informações que teriam sido reveladas por um dos envolvidos na execução, o jornal colombiano informou que o narcotraficante uruguaio Sebastián Marset e o clã formado pela família Insfrán, do Paraguai, teriam determinado a morte de Marcello Pecci por causa da “Operação A Ultranza PY”, deflagrada em fevereiro deste ano no Paraguai.
Tendo Marcelo Pecci como um dos coordenadores, a operação desmantelou gigantesco esquema de envio de grandes cargas de cocaína de navio do Paraguai para a Europa, com escala no Uruguai. Sebastián Marset e o líder do clã Insfrán, Miguel Ángel Insfrán, o “Tio Rico”, teriam mandado matar o promotor para enfraquecer as investigações. Os dois estão foragidos.
Ainda segundo o jornal colombiano, o motivo determinante para a execução de Marcelo Pecci foi a ordem de prisão de Sebastián Marset e dos cinco irmãos Infrán, assinada pela Justiça paraguaia no dia 22 de abril. O único preso até agora foi o irmão mais novo, Conrado Ramon Insfrán Villalba.
As informações divulgadas pelo El Tiempo são baseadas no depoimento de Francisco Luis Correa Galeano, o colombiano que teria sido o “cérebro” do plano para matar Marcelo Pecci. Ele e outros quatro envolvidos estão presos. O sexto envolvido ainda não foi localizado.